Associação Vida Norte lança aplicação para ajudar jovens pais na doença dos seus bebés

Objectivo de aplicação é evitar que os pais menos experientes recorram aos serviços de saúde desnecessariamente. App já integra a Biblioteca de Literacia em Saúde do Serviço Nacional de Saúde

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Daniel Rocha/Arquivo

O combate à iliteracia ligada à saúde das jovens mães e o tentar diminuir o acesso recorrente às urgências dos hospitais está na base da criação da BebéApp, uma aplicação para telemóvel gratuita lançada pela Associação Vida Norte.

“No âmbito da nossa intervenção percebemos que existiam algumas carências de literacia ligada à saúde das mães que acompanhamos e que frequentemente se dirigiam às urgências por questões associadas à febre, vómitos e diarreia e que poderiam ser precavidas”, contextualiza Isabel Pessanha Moreira, presidente da associação do Porto. Por outro lado, também os profissionais de saúde se preocupam com o recurso excessivo às urgências, sobrecarregando os serviços e expondo as crianças a outras infecções, continua a dirigente.

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Dividindo-se entre Porto e Braga, a associação assenta a sua intervenção nas áreas da prevenção, acompanhamento de proximidade, capacitação e autonomia das jovens mães, apoiando actualmente 125, informa.

Assim, no dia 1 de Junho, no âmbito do Dia Mundial da Criança, a Vida Norte lançou esta aplicação para telemóvel que, salienta a presidente, não se destina apenas “às mães e cuidadores apoiados pela associação, mas a toda a gente”.

“Trabalhando nós com mães de filhos muito pequeninos achámos que faria sentido investir numa aplicação que trabalhasse a questão da literacia ligada à saúde”, refere a presidente sobre um trabalho que levou “alguns anos a consolidar-se, que obrigou a falar com muitos profissionais de saúde para depois a estruturar e testar junto da população”.

Do trajecto iniciado em 2015 resultou uma app em português, mas que pode no futuro vir a desenvolver-se, uma vez que a Vida Norte apoia jovens mães de vários países a viver em Portugal, admite a responsável.

Frisando ser uma aplicação “simples e original”, Isabel Pessanha Moreira revelou que antes do lançamento foi apresentada a vários especialistas que consideraram ser um “projecto inovador” tendo sido já integrada na Biblioteca de Literacia em Saúde do Serviço Nacional de Saúde.

“A receptividade que temos, para já, é da parte dos médicos, que se mostraram entusiasmados, argumentando ser uma app que pode ajudar a combater alguns dos problemas que existem”, avança.

A disponibilidade da aplicação “não substitui, contudo, a consulta a um profissional de saúde”, salvaguarda a directora da associação, para quem o recurso ao médico “é uma questão de protecção”.

“Isto é uma orientação para os pais, muitas vezes inexperientes, saberem o que fazer perante certos sinais e sintomas que a criança tem”, resume Pessanha Moreira sobre a aplicação pensada para ajudar a interpretar sintomas de febre, vómitos e diarreia em crianças dos zero aos seis anos. A app é compatível com os sistemas operativos Android e, nesta versão, está optimizada para uso nos dispositivos móveis mais comuns.

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