Argentina e Brasil discutem criação de moeda comum

A criação de uma nova moeda, o “peso real”, e de um banco central supranacional terá sido discutida num encontro entre Bolsonaro e o homólogo argentino, Mauricio Macri.

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Bolsonaro e o homólogo argentino, Mauricio Macri, num encontro na Argentina Reuters/AGUSTIN MARCARIAN

A Argentina e o Brasil estão a negociar a criação de uma moeda única e de um banco central supranacional que conduza a política monetária comum, disseram, na quinta-feira, fontes oficiais argentinas.

“É algo a muito longo prazo. A moeda comum pode ser um projecto a longo prazo, mas requer convergência macroeconómica prévia”, explicaram à agência de notícias espanhola EFE fontes oficiais argentinas.

As mesmas fontes indicaram que os ministros das Finanças do Brasil e da Argentina vão retomar a questão na próxima cimeira do G20, em Osaka, no Japão, marcada para este mês.

Poucos detalhes foram divulgados sobre este projecto “a longo prazo”, conhecido no mesmo dia em que o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, realizou na quinta-feira primeira visita de Estado à Argentina desde que chegou ao poder, em Janeiro.

De acordo com a imprensa argentina, a criação de uma nova moeda, o “peso real”, e de um banco central supranacional terá sido discutida num encontro entre Bolsonaro e o homólogo argentino, Mauricio Macri, depois de já ter sido abordada pelos respectivos ministros das Finanças.

Tanto o peso argentino, que desvalorizou mais de 50% no último ano, como o real brasileiro, moedas de dois mercados emergentes, sofrem regularmente com as flutuações da economia internacional. A criação de uma moeda comum poderá ajudar a contrariar isso.

Desde a criação do Mercosul [Mercado Comum do Sul], os países mencionam a possibilidade da criação de uma moeda comum, mas ainda não avançaram com nenhuma proposta. O Mercosul integra Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

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