Um momento de publicação independente: Revista Decadente

Fanzines, edições de autor, livros de artista — nesta rubrica queremos falar de publicação independente. Pedro Saraiva e Xavier Almeida dão-nos a conhecer a Revista Decadente. O próximo podes ser tu.

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Apresenta-nos o teu fanzine.
A Revista Decadente é um zine de banda desenhada que fala sobre os lugares físicos e mentais que nos rodeiam: a cidade, as pessoas, a cultura e as relações que se estabelecem entre umas e outras. 

Quem são os autores?
A revista já teve inúmeros participantes e colaboradores — como é hábito neste tipo de publicações. Xavier Almeida, Gonçalo Duarte e Sar compõem o núcleo duro. Tiago Baptista, Simão Simões, António Caramelo e Alexandre Rendeiro foram colaboradores durante uma boa parte da vida da revista. Recentemente, Alice Geirinhas, Ana Cachola, Ana Menta e Rita Moreira juntaram-se à carteira de participantes. 

Do que quiseram falar?
A revista começou com as Noites da Estrela Decadente, que organizávamos todas as semanas no Estrela, na Graça, e que envolviam concertos, performance, copos, exposições… Eram noites em que instaurávamos a decadência e a revista servia como um elemento reflexivo sobre essas actividades. Recentemente sentimos necessidade de falar sobre um espaço mais amplo; a cidade, neste caso, Lisboa, que é um espaço que partilhamos, conhecemos e em que intervimos.

Questões técnicas: quais os materiais usados, quantas páginas tem, qual a tiragem e que cores foram utilizadas?
Recentemente, no número 65, que foi lançado em Março, mudámos o formato de A5 para A4, aumentámos o número de tiragens de 20 para 60 e passámos do papel de fotocópia para o papel munken. 

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Onde está à venda e qual o preço?
A revista custa 1 euro no dia do lançamento. Depois passa a 2 euros. Para já, vendemo-la nas noites que fazemos mensalmente, em feiras de publicações e na STET. Também estamos disponíveis para entregar em mão em Lisboa bastando que, para isso, nos contactem por email ou nas redes.

Porquê fazer e lançar fanzines hoje em dia?
Depois de pensar muitas horas nisto — e galgando toda a conversa sobre ser acessível, etc. — só consigo apresentar uma justificação válida: por fetiche. Como referimos, a Revista Decadente começou por ser um complemento da noite que fazíamos no Estrela e fazia mais sentido ter um objecto que integrasse a noite também fisicamente, do que pôr uma data de desenhos na net.

Recomenda-nos uma edição de autor recente lançada em Portugal.
Assim mesmo recente: Cadrasso, do Miguel Ábras, editado pela ¡engaja!, uma editora que ele tem em conjunto com a Maria Reis.

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