Emprego na função pública cresce ao ritmo mais alto desde a troika

No final do ano passado, havia 683.469 pessoas a trabalhar no Estado, mais 14 mil do que em 2017.

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Fátima Fonseca é a secretária de Estado da Administração Pública Rui Gaudêncio

O emprego no Estado está a crescer ao ritmo mais acelerado desde 2011, altura em que a Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) iniciou a recolha de dados estatísticos. No final de 2018, as administrações públicas empregavam 683.469 pessoas, mais 2,1% do que em 2017.

Os dados divulgados nesta sexta-feira dão conta de um aumento de 14.190 postos de trabalho entre 2017 e 2018. Trata-se do aumento mais expressivo desde meados de 2015, altura em que o emprego no Estado começou a crescer.

Na comparação com o trimestre anterior, o emprego no Estado cresceu 1,8%, o que corresponde a 12.351 postos de trabalho. A DGAEP atribui esta evolução ao “crescimento do emprego da administração central (9659 postos de trabalho correspondente a uma variação de 1,9%)”.

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Aumentar

Os Ministérios da Educação e da Ciência e Ensino Superior foram os que mais contribuíram para este aumento de emprego (mais 9069 postos no total das duas áreas governativas) “reflectindo ainda, durante o quarto trimestre do ano, a actividade de início do ano lectivo 2018/2019, com o processo de colocação de docentes em todos os níveis de ensino e de técnicos superiores para actividades de enriquecimento curricular (AEC) nos estabelecimentos de ensino básico e secundário”.

No Ministério da Administração Interna, a diminuição de emprego (menos 1238 postos de trabalho) reflecte a saída de vigilantes da floresta na GNR contratados no segundo trimestre para as operações de prevenção de incêndios durante o Verão.

Na comparação com Dezembro de 2011, o emprego público recuou em 44.316 postos de trabalho. Esta quebra de 6,1% ficou a dever-se sobretudo à diminuição do emprego na administração central (menos 6,3%).

No final do ano passado, 75,6% dos funcionários estavam integrados em entidades da administração central, 17,4% na administração local, 5,5% na administração regional e 1,5% nos fundos de Segurança Social.<_o3a_p>

Os dados mostram ainda que seis em cada dez trabalhadores do Estado são mulheres e a taxa de feminização é de 60,2%, acima dos 49,1% para o total da população activa.

O emprego público representava cerca de 13,1% da população activa e de 14% da população empregada.

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