Cristas lembra que foi a esquerda a impedir acesso a devedores da CGD

Líder do CDS reitera que partido está interessado em saber "toda a verdade" sobre o banco público.

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Assunção Cristas no encerramento das jornadas parlamentares do CDS LUSA/HUGO DELGADO

A líder do CDS-PP defendeu esta terça-feira a necessidade de “saber toda a verdade” sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e mostrou-se perplexa com a esquerda que há dois anos impediu o “acesso aos maiores devedores” do banco público. Assunção Cristas falava no encerramento das jornadas parlamentares do CDS-PP, que decorreram em Braga. 

“Quando nos falam sobre a Caixa a nossa perplexidade é alguma: há dois anos estavam o PS, PCP e BE a fechar a comissão de inquérito, a bloquear que os deputados tivessem acesso aos maiores devedores”, disse, referindo que são esses devedores que “aparecem na auditoria” já concluída e ainda não divulgada e que o Parlamento "já os podia conhecer há dois anos”. 

A líder do CDS-PP assegurou que o partido está interessado em saber “toda a verdade” sobre o que se passou no banco público e que “não tem medo das consequências”. Sobre o tempo que ainda resta, Cristas também questiona se é suficiente, mas conclui que é possível “escrutinar e discutir a auditoria” quando chegar ao Parlamento, nem que seja mais tarde. “Por nós, já tinha sido há dois anos”, disse, atirando a responsabilidade para a esquerda: “Quem obstaculizou que ponha a mão na consciência”. 

Justiça, investimento e fim da "asfixia fiscal"

No discurso, proferido numa sala de um hotel, perante os deputados, a líder do CDS lembrou que já faltam só seis meses para as eleições e prometeu continuar o trabalho no Parlamento. Uma das iniciativas já anunciadas é provocar um debate e a votação das propostas sobre a justiça, que o CDS apresentou há um ano e que desde então estão paradas na comissão à espera de projectos de outros partidos. A este pacote vai juntar-se outras propostas que o CDS tem em preparação, mas que Cristas ainda não quis revelar. 

Sobre a mensagem dos próximos tempos, a líder centrista sublinhou que o partido vai insistir na necessidade da criação de riqueza, no estímulo ao investimento, ao fim da "asfixia fiscal", referindo que a receita da actual maioria de esquerda “não serve o país”. Nem a da desta esquerda nem da anterior que levou o país a chamar a troika, defendeu. 

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