O show de Putin em Helsínquia começou com a sua limusina

A nova Kortezh do Presidente russo rivaliza com a The Beast dos governantes norte-americanos.

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A limusina de Putin nas ruas de Helsínquia LUSA/PEKKA SIPOLA

O avião do Presidente russo, Vladimir Putin, aterrou em Helsínquia com um atraso de quase uma hora em relação ao previsto. Ao sair do avião, Putin despiu o casaco, já na pista de aterragem, e entrou na nova limusina de fabrico russo, que faz a sua estreia numa visita ao estrangeiro.

Estes foram os primeiros momentos da chegada de Putin para a muito esperada cimeira com Donald Trump – e demonstram a capacidade muito apurada de explorar o poder das imagens e dos grandes acontecimentos mediáticos, pensados para serem transmitidos pela televisão.

Tal como fez com muitos outros líderes estrangeiros, Putin deixou Trump à espera. E o automóvel em que depois acelerou pelas ruas cortadas ao trânsito da capital finlandesa simboliza o prestígio crescente que Putin pretende atribuir à Rússia.

A limusina, denominada Kortezh – a palavra russa para “caravana, cortejo” – rivalizada com a “Besta”, como é chamada a limusina do Presidente dos Estados Unidos, tem quase sete metros de comprimento e 1,6 metros de altura e substitui o Mercedes alongado que durante muito tempo transportou Putin.

“Este é o primeiro carro de alto luxo de produção doméstica em muitos anos”, dizia um site russo sobre o Kortezh, tendo como referência os velhos tempos da Guerra Fria em que as limusinas soviéticas Zil transportavam os líderes comunistas. O motor da Kortezh, no entanto, foi desenvolvido em conjunto com a alemã Porsche.

Os finlandeses já tinham visto a limusina russa em Helsínquia, mas o Kremlin mantinha em segredo se Putin iria ser transportado de Kortezh ou não.

Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post

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