PCP agenda para sexta-feira debate sobre trabalhadores do SNS

Greve dos médicos termina esta quinta-feira, mas o mês fica marcado por mais paralisações e manifestações de outros profissionais da saúde.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

O grupo parlamentar do PCP agendou para sexta-feira um debate de actualidade no plenário da Assembleia da República sobre "a situação dos profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde".

Desta forma, a reunião plenária de sexta-feira, que se realiza após três dias de greve dos médicos, vai começar com o debate de actualidade, que se sobrepõe aos restantes pontos da agenda do parlamento, ao abrigo do artigo 72.º do regimento.

No texto do requerimento, o PCP refere a "enorme carência de profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, técnicos superiores, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes" e à sua "desvalorização social, profissional, remuneratória e das carreiras".

Já na quarta-feira, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, abordou estas questões.

A greve de três dias promovida por Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) termina pelas 23h59 desta quinta-feira, reivindicando a redução do trabalho suplementar de 200 para 150 horas anuais, uma diminuição progressiva até 12 horas semanais de trabalho em urgência e uma diminuição gradual das listas de utentes dos médicos de família até 1500 utentes, quando actualmente são de cerca de 1900 doentes.

Entre os motivos da greve estão ainda a revisão das carreiras médicas e respectivas grelhas salariais, o descongelamento da progressão da carreira médica e a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido e de risco e penosidade acrescidos, com a diminuição da idade da reforma.

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