Antevisão do CDUL-Belenenses

Num clássico que nos últimos anos tem sido tradicionalmente equilibrado, o CDUL surge com claro favoritismo

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Filipe Monte

Tal como aconteceu na primeira jornada contra a Agronomia, o Belenenses solicitou a inversão da jornada, devido à falta de campo, e neste sábado, às 15h00, no Estádio Universitário de Lisboa, o CDUL vai realizar o terceiro jogo consecutivo em casa e a formação do Restelo o terceiro fora. Habitualmente repleta de forte carga emocional, a partida entre “universitários” e “azuis” surgem nesta época com trunfos bem diferentes: o Belenenses é uma equipa em formação, com muita juventude, à procura de encontrar o seu caminho; o CDUL, campeão nacional, continua a crescer graças a um projecto bem cimentado, onde a maioria dos seus jogadores, sejam seniores ou sub-23, se conhecem muito bem.

Para além dos problemas da falta de infra-estruturas, o Belenenses tem tido um início de época complicado. Depois de uma derrota na Tapada, a equipa de João Uva foi a Arcos de Valdevez arrancar uma vitória “a ferros” e foi necessário o auxílio do seu treinador: Uva entrou na segunda parte e marcaria um dos dois ensaios da formação do Restelo.

Porém, João Uva confessa que esta não é uma situação que pretenda ver repetida muitas vezes: “Houve uma altura do jogo em que as coisas estavam tão más que decidi entrar. Adoro jogar râguebi mas não é de todo a minha intenção voltar. O que eu quero é que o Belém ganhe uma estrutura suficientemente forte, com base nos miúdos, para que eu não tenho que jogar.”

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Embora destaque que tem “miúdos muito talentosos” na equipa, Uva diz que em relação ao último jogo “a única coisa a retirar de positivo foi a vitória”. Apesar da moral conseguida, o treinador lamenta o “fraco desempenho da sua equipa” e ressalva que “os jogadores têm de “fazer mais”: “Não estamos contentes com a exibição. Os pergaminhos do Belém exigem que todos os jogadores façam mais e melhor pelo clube.”

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As dificuldades, todavia, não tiram a ambição do treinador. À imagem do que era como jogador, Uva garante que vai quer “jogar de igual para igual”, com o CDUL, uma equipa com “outras armas”. Depois de representarem a selecção nacional de sevens, Hugo Valente e Diogo Miranda devem voltar à equipa e “vão trazer alguma experiência aos avançados e às linhas atrasadas”.

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Nos campeões nacionais, também há criticas a fazer. Apesar das duas vitórias expressivas nas rondas anteriores, contra o RC Montemor e o CDUP, Damian Steele mostra algum descontentamento com a prestação da equipa e espera outra resposta dos seus comandados: “Sinceramente a exibição contra o CDUP foi muito pobre. Não fomos muito inteligentes no nosso jogo, foi desapontante. Estivemos mal nas linhas atrasadas e cometemos muitos erros no geral.”

Para o jogo com o Belenenses, o australiano sabe que a equipa do Restelo atravessa um processo de transição, mas salienta que o adversário tem “bons jogadores”. “Vamos respeitá-los. Temos de nos concentrar em nós e jogar bem, porque nos últimos três jogos não jogamos bem ainda.” “Não temos lesionados, mas vamos rodar a equipa se for caso disso. Não sabemos ainda se o Gonçalo Foro já pode jogar. Jogando ou não, não há desculpas e o objectivo são os cinco pontos”, conclui o treinador campeão nacional.

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