A Ryanair anunciou nesta terça-feira, em conferência de imprensa realizada em Lisboa, o lançamento de mais seis ligações à Portela na próxima temporada. Num encontro em que paricipou o CEO da empresa, Michael O'Leary, foram confirmados voos para Roma, Milão, Varsóvia, Hamburgo, Bremen e Eindhoven.

Além dos novos destinos, a Ryanair avançou ainda estar preparada para reforçar rotas como Porto, Londres, Manchester e Pisa. Em relação à ligação doméstica Porto-Lisboa, a empresa já tinha adiantado que, a partir de Outubro, iria aumentar o número de voos, passando a realizar a ligação diariamente e duas vezes por dia, de manhã e à noite (até agora, era apenas horário matinal de segunda a sexta). Já Londres passa de dois a três voos diários, Manchester de quatro para cinco semanais, Pisa de dois para três. No campo das novidades, Roma, Milão e Hamburgo terão um voo diário cada. Para Bremen e Eindhoven estão previstos três voos semanais.

Entre os novos destinos lisboetas, estará em grande destaque a rota Varsóvia, que passará a contar com dois voos semanais. Uma novidade da aguerrida Ryanair que, como se vê, não deixa passar em claro o facto da WizzAir, a "outra" grande low cost da Europa, estar a preparar a estreia em Lisboa: já anunciou a chegada para a próxima Primavera, precisamente com voos rumo a Varsóvia e também para Budapeste.

Lisboa passa assim a contar com 16 rotas garantidas pela empresa. Segundo informações da Ryanair, o novo mapa aéreo permitirá transportar 1,75 milhões de passageiros por ano, um número que poderá representar a manutenção de cerca de 1750 empregos.

"Potencial turístico"

Durante a apresentação das novidades, em que foram também confirmados mais dois aviões dedicados a Portugal, O'Leary fez questão de salientar, segundo a Lusa, que "Portugal é um mercado muito importante para a Ryanair" e que "Lisboa tem um enorme potencial turístico".

O carismático patrão da "low cost" sublinhou ainda que a capital portuguesa tem "potencial para aumentar o tráfego e o turismo". Na sua opinião, Lisboa "tem capacidade" para vir a "substituir Barcelona como um dos mercados com maior movimento de turistas na Europa".

O plano de crescimento da Ryanair a médio e longo prazo é sustentado por uma recente encomeda à Boeing de mais cem aviões, uma compra avaliada em 11 mil milhões de dólares. A Ryanair quer a nova versão de aparelhos 737 Max 200 (200 pessoas) e, segundo informa em comunicado, será a primeira companhia a operá-los.

Em Portugal, a Ryanair, que voa para Lisboa, Porto e Faro, soma cerca quatro dezenas de rotas e seis milhões de passageiros anuais. Segundo O'Leary, dentro de três anos espera atingir os "12 milhões de passageiros e ultrapassar a TAP".