“Precisamos de mudar a percepção de que o destino centro de Portugal foi todo atingido”

Pedro Machado, presidente do turismo Centro de Portugal, afirma que a região mantém condições para receber os turistas.

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Tomar é um dos destinos com património da Unesco Renato Cruz Santos

“Precisamos urgentemente de mudar a percepção de que o destino centro de Portugal foi todo atingido” pelos incêndios “e que neste momento não reúne as condições de fruição turística”, afirmou aos jornalistas o presidente do turismo Centro de Portugal, Pedro Machado.

Presente no 43.º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que se realiza em Macau, este responsável sublinhou que a região foi de facto atingida, mas continua com “infra-estruturas , equipamentos, produtos e marcas em perfeitas condições para poder continuar a afirmar-se como destino turístico”.

Assim, diz, a prioridade é “mudar a percepção de que o destino deixou de reunir condições para receber os turistas”. Para passar essa mensagem vai poder contar com o apoio da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) uma vez que, conforme afirmou Fátima Vila Maior, directora de exposições na Feira Internacional de Lisboa (onde se inclui a BTL), o destino convidado do evento vai ser o Centro do país. “Houve um grande mediatismo” com a questão dos incêndios e a recuperação das zonas afectadas, vincou, e a BTL ajudará a que “não seja apenas pontual”. Com data marcada para Março, o impulso surgirá mesmo antes das férias da Páscoa.

De acordo com Pedro Machado, a estratégia passa por “apostar numa diferenciação, na qual já vínhamos a trabalhar”, e que “não se confina a um ou dois produtos mais maduros”. Se o turismo de natureza foi afectado, aposta-se também no mar e no turismo de saúde e bem-estar – no ano que vem vai receber a cimeira mundial da saúde, em Coimbra – bem como no aprofundamento do turismo religioso.

Neste último caso, e ainda com os efeitos da visita do Papa – que se irão reflectir também em 2018 –, há um maior interesse na herança judaica. Depois, há também os oito locais de património Unesco, como Tomar, Alcobaça ou Batalha.

Com uma estratégia mais focada em “experiências e produtos”, diz Pedro Machado, o objectivo é manter a tendência de crescimento a dois dígitos que a região Centro tem atravessado.

O jornalista viajou a convite da APAVT. 

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