Marcelo defende missão da UNESCO e considera que saídas poderão ser temporárias

Os EUA e Israel anunciaram a saída do organismo das Nações Unidas.

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LUSA/RODRIGO ANTUNES/Arquivo

O Presidente da República defendeu nesta quinta-feira que a UNESCO cumpre "uma missão muito importante" e considerou que as saídas dos Estados Unidos da América e de Israel desta organização poderão ser temporárias.

"A história revela, até por experiência portuguesa, e outras, que há instantes, há momentos em que o relacionamento com as organizações internacionais esfria, mas a importância dessas organizações e dessas missões faz com que, no médio prazo, no longo prazo, se admita que vale a pena não as deixar cair", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Os Estados Unidos da América e Israel anunciaram hoje que vão sair da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), condenando o que dizem ser um preconceito anti-israelita.

Questionado sobre estas decisões, no final de uma cerimónia de entrega de prémios literários, no Casino Estoril, o chefe de Estado respondeu: "Eu, o que penso, sem estar a avançar com posições relativamente a estados amigos, com os quais mantemos relações diplomáticas, é que a missão da UNESCO é uma missão muito importante".

Depois, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que poderá haver uma reaproximação "no médio prazo, no longo prazo", invocando a história.

"Tem havido períodos desses em que alguns Estados se têm afastado ou têm tido uma atitude crítica e ao fim de algum tempo acaba por haver uma evolução que permite valorizar o papel dessas organizações", reforçou.

Segundo o Presidente da República, "independentemente de divergências que possa haver em cada instante", vale a pena continuar a valorizar "a missão fundamental" da UNESCO, "que é a missão de contribuir para um mundo melhor, no plano cultural, no plano da paz, no plano do desenvolvimento".

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