Congressista americano criticado por vídeo em câmara de gás de Auschwitz

Clay Higgins fez um vídeo no qual falava sobre a segurança dos Estados Unidos, utilizando como exemplo as atrocidades cometidas pelos nazis nos campos de concentração.

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Reuters/THOMAS PETER

Numa recente visita ao campo de concentração de Auschwitz, na Polónia, o congressista republicano Clay Higgins fez um vídeo a falar sobre as atrocidades cometidas naquele local. Os funcionários da Auschwitz criticaram o congressista norte-americano por gravar e difundir um vídeo dentro de uma câmara de gás no antigo campo de extermínio nazi.

O memorial divulgou um tweet em que refere que a câmara de gás não é "um palco", mas sim um lugar triste e de silêncio.

O republicano Clay Higgins diz no vídeo que os horrores dos campos de concentração da II Guerra Mundial são a razão pela qual os militares dos EUA devem ser "invencíveis". Higgins fez um vídeo de cinco minutos, publicado no domingo passado, onde mostra diferentes partes do museu e discursa sobre as atrocidades praticadas nos campos de concentração.

A certo ponto, o congressista entra dentro de uma câmara de gás e explica como as vítimas foram mortas no local.

O congressista do estado do Louisiana ainda não respondeu às críticas. O seu gabinete esteve fechado devido ao feriado de 4 de Julho, Dia da Independência, nos Estados Unidos.

No entanto, o vídeo já não se encontra na sua conta de Twitter e alguns utilizadores comentaram que a publicação foi removida. 

Cerca de 1,1 milhões de pessoas, principalmente judeus, morreram neste campo de concentração na Polónia, que recentemente também esteve ligado a uma outra polémica: dois adolescentes portugueses foram condenados a 27 de Abril, por um tribunal polaco, a um ano de prisão, com pena suspensa por terem gravado os nomes no portão da entrada principal de Auschwitz-Birkenau. Na altura, os dois estavam na Polónia para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, organizadas pela cidade de Cracóvia, e em que participou o papa Francisco. De acordo com a agência de notícias AFP, Rui Manuel F. e João L., com 17 anos, foram apanhados no dia 28 de Julho do ano passado a gravar os respectivos nomes, a data e o nome do país de origem nos tijolos vermelhos do portão de entrada do campo de concentração.

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