Embaixador interino dos EUA na China demite-se após decisão de Trump sobre Acordo de Paris

A demissão acontece a semanas de Terry Branstad assumir o cargo. O antigo governador do estado do Iowa é já uma escolha da actual Administração.

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Donald Trump viu pelo menos dois diplomatas a tomarem posições críticas em relação à sua Administração Reuters/JOSHUA ROBERTS

O embaixador interino dos Estados Unidos na China, David Rank, ter-se-á demitido da sua função em Pequim, capital chinesa, depois de Donald Trump ter decidido retirar os EUA do Acordo de Paris. A informação é avançada pela CNN esta segunda-feira.

“O senhor Rank tomou uma decisão”, afirmou à CNN um funcionário do Departamento de Estado norte-americano. “Agradecemos todos os anos que ele dedicou ao serviço do Departamento de Estado dos Estados Unidos”, continuou. A demissão acontece pouco antes de Terry Branstad, antigo governador do estado do Iowa, assumir o cargo de embaixador. Branstad foi a escolha de Trump para ser a função e espera-se que assuma o cargo no final do mês.

Fontes próximas do diplomata revelam à CNN que a decisão de David Rank estará directamente relacionada com a saída decisão dos EUA do Acordo de Paris, confirmada na passada sexta-feira pelo Presidente norte-americano, e de todas as posições que Trump tem tomado em relação às alterações climáticas.

Rank traçou uma carreira no estrangeiro desde 1990, tendo assumido o cargo de vice-chefe de missão da embaixada norte-americana em Pequim em Janeiro do ano passado. David Rank já exercia funções na embaixada na China quando o Acordo de Paris foi assinado.

David Rank não foi, contudo, o único membro da diplomacia norte-americana a manifestar-se recentemente contra as tomadas de posição de Donald Trump. Também o embaixador interino dos Estados Unidos no Reino Unido, Lewis Llukens, endereçou uma mensagem de apoio ao mayor de Londres, Sadiq Khan, depois de este ter sido criticado pelo Presidente norte-americano no Twitter. Em causa estavam os ataques de Londres perpetrados no sábado que mataram sete pessoas.

“Elogio a forte liderança do mayo de Londres, enquanto ele conduz a cidade para a frente depois deste ataque hediondo”, escreveu Llukens num tweet.  

Trump tinha criticado Khan pela forma como lidou com o ataque usando uma declaração do mayor londrino fora de contexto, considerando essa ser uma “desculpa patética”. 

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