TAP não vende bilhetes na Venezuela desde Janeiro de 2015

A decisão foi tomada após a crescente dificuldade em repatriar a receita dos bilhetes vendida naquele país.

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DANIEL ROCHA

A pesar de ter neste país uma das maiores comunidades de portugueses residentes fora do território nacional, a companhia aérea de bandeira, a TAP, já não permite a venda de bilhetes na Venezuela desde Janeiro de 2015. E não está nos planos mais próximos alterar esta política comercial, porque também não se vislumbra que a situação política e financeira deste país possa melhorar no curto prazo.

O PÚBLICO confirmou junto da empresa que a operação se manterá com a mesma regularidade e que continuarão a ser feitas as três ligações por semana entre Lisboa e Caracas. E que a venda de bilhetes vai manter-se fora do território venezuelano, através de agências de viagens, em portais de venda online, e também através do próprio portal online da TAP, o flytap.pt.

A decisão de suspender a venda de bilhetes no interior da Venezuela foi tomada após a crescente dificuldade em repatriar a receita dos bilhetes vendida naquele país. E a importância daquele mercado é visível no montante da provisão que a empresa gerida por Fernando Pinto precisou de fazer em 2015, precisamente para reflectir o facto de não conseguir transferir as receitas de 91,4 milhões de euros obtidas no país.

Fernando Pinto voltou a referir-se ao “caos” em que está mergulhado o país ainda esta semana, após uma conferência em que abordou o mercado sulamericano e que foi citada pela Bloomberg. O presidente da TAP referiu que o tráfego para a Venezuela se mantém forte e que no mercado brasileiro, para onde a TAP voa 73 vezes por semana, há um potencial crescimento das companhias aéreas low cost.

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