Pedro Pinto assume que é candidato à distrital do PSD-Lisboa

Eleições foram marcadas para 1 de Julho.

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Pedro Pinto é próximo de Pedro passos Coelho Vasco Celio (colaborador)

O ex-vice-presidente do PSD Pedro Pinto confirmou esta terça-feira que é candidato à liderança da distrital de Lisboa. As eleições estão marcadas para 1 de Julho, contrariando a orientação do partido que sugeria actos eleitorais internos só após as autárquicas.

Pedro Pinto, que é muito próximo de Pedro Passos Coelho, afirmou aos jornalistas ter tido uma reunião na segunda-feira à noite, em que estiveram representantes “de todas as secções da área metropolitana de Lisboa, da JSD e dos TSD”, na qual terá recebido “apoios” para avançar. “Acho que reuni condições”, disse aos jornalistas, à margem das jornadas parlamentares do PSD, a decorrer em Albufeira.

O candidato é actualmente presidente da mesa da distrital de Lisboa e confirmou o dia 1 de Julho como a data das eleições, menos de um mês depois de o actual presidente, Miguel Pinto Luz, assim como os seus vice-presidentes, terem comunicado a sua indisponibilidade para continuarem após o fim do mandato – que termina a 20 de unho. Esta marcação de eleições inesperada é vista como uma forma de deixar pouca margem a uma eventual candidatura adversária crítica da direcção do PSD. Pedro Pinto justifica a decisão de não adiar a data das eleições: “A meio de Julho a maioria das pessoas já está de férias. Queremos que as eleições sejam participadas”.

O deputado social-democrata disse que a sua candidatura “não deixará de ser pacífica se aparecer outra”, o que até “seria bom” para a “riqueza do PSD”. Apesar de as eleições de realizarem a poucos meses da composição de listas para as autárquicas é possível que surja uma candidatura mais ligada à oposição interna a Passos Coelho. Trata-se de uma distrital cujo controlo pode ser apetecível para quem quiser ter capacidade de influência no próximo congresso de 2018, uma estrutura que nos últimos anos foi liderada por um dirigente próximo de Passos Coelho, apesar de nela existir uma bolsa de contestação à direcção.

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