Paquistão pede ao Facebook para lutar contra blasfémias

Segundo o ministro do Interior do Paquistão, a rede social já destacou uma equipa para tratar do caso. O Facebook informou apenas que registou o pedido mas que vai ter em conta os direitos e privacidade dos utilizadores.

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Reuters/DADO RUVIC

O Paquistão aunciou que pediu ao Facebook para investigar o “conteúdo blasfemo” publicado por paquistaneses, noticia a BBC, acrescentando que a rede social aceitou enviar uma equipa para discutir o caso, segundo informou o ministro do Interior paquistanês.

No início desta semana o primeiro-ministro, Nawaz Sharif, tinha já publicamente defendido uma campanha para eliminar as blasfémias na Internet. Na conta oficial do partido no Twitter, o governante, citado pela BBC, afirmou que as blasfémias publicadas no Facebook são “ofensas imperdoáveis”. Este tipo de afirmações são um aspecto particularmente sensível no Paquistão, estando prevista a pena de morte para alguns casos. A ala mais crítica do regime afirma que esta é uma forma de oprimir as minorias e críticos.

Sabe-se ainda pouco sobre o tipo de afirmações a que se refere o Governo, mas de entre aquelas que causam maior desconforto no Paquistão, e que são mais severamente punidas, estão caricaturas consideradas depreciativas do profeta Maomé ou críticas ao texto sagrado do Islão, o Corão.

O Facebook também já respondeu aos pedidos publicamente e num comunicado, citado pela AFP, a rede social diz que registou a posição do Governo paquistanês, mas acrescentou que terá em conta “o objectivo de proteger a privacidade e direitos dos nossos utilizadores”. Sobre a equipa destacada para tratar do caso, e que foi anunciada pelo ministro do Interior, a empresa liderada por Mark Zuckerberg não se pronunciou.

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