Linha de crédito a empresas de turismo reforçada com 75 milhões

Projectos podem ter componente de capital de risco, caso as empresas o solicitem.

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País tem recebido um número crescente de turistas, fazendo nascer novos negócios Fabio Augusto

A linha de apoio à qualificação da oferta 2017 dedicada a empresas de turismo foi reforçada com 75 milhões de euros, no âmbito do protocolo renovado entre o Turismo de Portugal, 12 instituições bancárias e a Portugal Ventures.

Um ano depois do lançamento da linha de financiamento, hoje renovada na Bolsa de Turismo em Lisboa (BTL), foram aprovadas 83 operações, com um valor de investimento de 133 milhões de euros e um financiamento aprovado de 65 milhões de euros.

Segundo a informação divulgada pelo Turismo de Portugal, estão actualmente em análise 28 operações, com um investimento associado de cerca de 32 milhões de euros. "Num só ano foi ultrapassado o orçamento previsto. Face ao excelente desempenho da linha e do forte impulso que a mesma provocou no investimento, irá proceder-se ao reforço do orçamento em mais 75 milhões de euros", refere em comunicado.

O líder do Turismo de Portugal, Luís Araújo, manifestou a ambição da linha de crédito voltar a "privilegiar os projectos" que dinamizem centros urbanos, promovam a "fruição do património cultural edificado" e a reabilitação urbana e se "traduzam em novos negócios turísticos".

O responsável acrescentou ainda esperar que as empresas associadas à linha possam contribuir para a "permanência média do turista e para a redução da sazonalidade". "O sucesso dos resultados alcançados em 2016 é um factor determinante para continuarmos a apostar neste tipo de instrumentos de apoio ao empreendedorismo no sector", disse.

A linha em 2017 tem uma componente de capital de risco, caso as empresas o solicitem, com Celso Guedes de Carvalho, CEO da Portugal Ventures, a comentar que esta opção surge "numa altura em que o aumento exponencial do turismo em Portugal cria oportunidades de crescimento e impulsiona o nascimento de novos negócios". "Iremos contribuir com capital até 35% do valor do investimento e acompanharemos os projectos promovendo, nomeadamente, sinergias entre empresas do seu portefólio", referiu.

O financiamento global pode ascender a 75% do valor do investimento, com a possibilidade de um prazo máximo de reembolso de 15 anos, incluindo quatro de carência, sendo, em regra, tal financiamento assumido em 60% pelo Turismo de Portugal, e em 40% pelo banco. Em casos especiais, como projectos de empreendedorismo, a participação do Turismo de Portugal no financiamento é de 75%, cabendo ao banco assumir 25% do financiamento.

Regra geral, a componente do Turismo de Portugal não vence juros, enquanto a componente de financiamento do banco vence o juro acordado com a empresa.

O grupo das instituições de crédito aderentes à linha reúne instituições como Millennium BCP, Novo Banco, Santander Totta, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos, Banco Popular, Montepio Geral, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, e Banco BIC.

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