Cartas ao director

Esclarecimento do MNE

Na entrevista publicada no passado dia 16 de março, o PÚBLICO atribui-me as seguintes palavras: “afinal era mesmo possível que o Presidente dos EUA fosse um populista”. Não disse as palavras “Presidente dos EUA”, pelo que solicito a publicação deste esclarecimento.

Para que os leitores possam, querendo,  compreender as minhas palavras, permita-me, senhor Diretor, que transcreva as considerações que as enquadram, tal como proferidas no decurso da entrevista, também transmitida radiofonicamente pela Rádio Renascença:

MNE: “ Na minha opinião, chegamos a 2016/2017 em função, primeiro do resultado do “Brexit”, depois da eleição norte-americana, depois das perspetivas ou das possibilidades de desenlace que se anteviam em França, na Holanda ou mesmo na Alemanha; chegamos a um ponto crítico em que, julgo eu, o eleitorado, a cidadania europeia se viu confrontada com uma escolha que podia ter efeitos reais. Não se tratava apenas de nós nos queixarmos legitimamente das instituições, da Comissão, do nosso Governo etc., de nós votarmos com um voto de protesto em forças de protesto. Tratou-se finalmente da possibilidade de essas forças de protesto poderem tornar-se forças de governação. E julgo que algum deste refluxo que se sente tem a ver com o facto de, num certo sentido, para falar depressa e de forma a que as pessoas nos compreendam, que as coisas pudessem ser encaradas pelos cidadãos como agora sendo a doer. Era mesmo possível que o Presidente fosse um populista. É mesmo possível que o Governo…

Pergunta: As pessoas ficaram atemorizadas com as eleições nos EUA e com o “Brexit”?

Resposta: Não, mais conscientes de que era necessário fazer escolhas. Aliás, julgo eu, um dos resultados, primeiro do referendo britânico, depois da eleição norte-americana foi: os europeus, os 27 Estados membros que querem continuar a ser membros da União Europeia reforçarem a sua própria consciência de que a Europa é o seu presente e não só o seu presente. É também o seu futuro.”

Augusto Santo Silva, Lisboa

Ainda há boas soluções

Não é a primeira fez que, face a problemas de gestão pouco cuidada, uma entidade bancária encerra, transforma-se ou funde-se com outra entidade bancária. Quando se analisa com cuidado a situação, muitas vezes a razão foram concessões de empréstimos ou créditos a pessoas ou entidades que não cumpriram os pagamentos e, assim, a entidade bancária ficou descapitalizada.

A maior parte das vezes a renovação da entidade bancária, mesmo com outro nome, resolve parte do seu fracasso fechando balcões e despedindo trabalhadores.

Estamos agora com notícias sobre a Caixa Geral de Depósitos. Além do Estado ter de colocar lá fundos a boa solução é fechar balcões e despedir trabalhadores. E os decisores, e os devedores? E as populações que ficam privadas desta entidade bancária?

Maria Clotilde Moreira, Algés  

 

 

 

 

Sugerir correcção
Comentar