Débito directo atinge recorde em Janeiro
Os cartões continuam a liderar as formas de pagamento electrónico.
Em Janeiro, foram realizadas em Portugal 16,6 milhões de operações de pagamento através de débitos directos, num montante total de 2200 milhões de euros. Ambos os números correspondem a máximos históricos.
De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), cada português realizou, em média, 1,6 pagamentos através de débito directo no primeiro mês do ano.
A seguir aos cartões de pagamento, os débitos directos são o instrumento de pagamento com maior número de operações em Portugal.
“A utilização deste instrumento de pagamento, que entrou em funcionamento em Outubro de 2000, tem vindo a consolidar-se nos últimos anos no nosso país, especialmente após a migração para a área única de pagamentos em euros [Single Euro Payments Area – SEPA, em inglês], finalizada em 2014”, destaca o supervisor.
Os débitos directos permitem, de forma segura, cómoda e desmaterializada, efectuar pagamentos periódicos através de uma autorização de débito em conta concedida pelo devedor ao credor.
O BdP sublinha que, em Portugal, “o enquadramento regulamentar em vigor estabelece um conjunto de mecanismos de segurança que conferem ao cliente um elevado grau de confiança e fiabilidade na utilização deste instrumento”.
Entre os mecanismos de segurança está:
- a fixação de montante máximo para cada cobrança efectuada ao abrigo de uma autorização de débito em conta;
- a data-limite de validade ou a periodicidade de cobrança para uma determinada autorização de débito;
- e ainda a possibilidade de bloquear a conta a débitos directos iniciados por determinados credores;
- ou, de modo inverso, indicar os credores autorizados a efectuar débitos directos na conta e solicitar o reembolso de cobranças, designadamente quando as mesmas não sejam suportadas por uma autorização de débito em conta válida.