Concelhia do PSD-Lisboa aprova moção anticoligação para as autárquicas

Estrutura local pede uma tomada de decisão "rápida".

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A indefinição em Lisboa está a causar nervosismo no PSD local Filipe Farinha

A comissão política da concelhia do PSD Lisboa aprovou, esta quarta-feira à noite, uma moção que define o projecto para as autárquicas como não envolvendo “coligações pré-eleitorais”, apesar de o texto também recordar que o apoio dado a Krus Abecassis, do CDS, em 1979, permitiu aos sociais-democratas conquistar o município. A moção pede uma "tomada de posição rápida".

Assumindo que o convite a Pedro Santana Lopes para ser candidato foi recusado, o texto refere que o projecto para Lisboa “não envolve coligações pré-eleitorais” como forma de manter a “coerência” da promessa eleitoral que elegeu os elementos da comissão política da concelhia. A estrutura local mostrou-se sempre desagradada com a possibilidade de o PSD vir a fazer uma colição para apoiar a líder do CDS, Assunção Cristas. <_u13a_p><_o3a_p>

A moção recorda as três vezes, desde 1974, que o PSD conquistou a Câmara de Lisboa: uma foi com o centrista Krus Abecassis, outra foi com o social-democrata Santana Lopes e a terceira foi com o independente Carmona Rodrigues. Os sociais-democratas voltaram a tentar o antigo primeiro-ministro, mas sem sucesso. “Após a decisão de não candidatura de Pedro Santana Lopes, urge agora avaliar todos os cenários e uma tomada de decisão rápida que permita ir ao encontro dos anseios dos lisboetas”, lê-se no texto aprovado. <_u13a_p><_o3a_p>

A moção mandata o presidente da concelhia, Mauro Xavier, a “continuar a desenvolver os esforços junto do presidente do partido para encontrar uma solução que vise este grande objectivo que é o de apresentar uma candidatura que granjeie um apoio maioritário dos lisboetas nas eleições autárquicas de 2017”. <_u13a_p><_o3a_p>

Apesar de há muito a concelhia pretender que o PSD tenha um candidato a Lisboa, o líder do partido, Pedro Passos Coelho, manteve o calendário autárquico que tem o prazo limite para a apresentação de candidatos em Março deste ano. Depois de ter sido dada orientação para se iniciarem negociações em Lisboa com vista a uma coligação pré-eleitoral com o CDS, há muitos sociais-democratas que se manifestaram contra um eventual apoio a Assunção Cristas e que preferiam ter um candidato próprio, mesmo que fosse independente. Nos últimos dias dois nomes são apontados como possíveis candidatos: Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, e José Eduardo Moniz, consultor da TVI

Esta manhã, em declarações ao jornal Observador, Assunção Cristas reiterou a sua satisfação por poder vir a ter o apoio do PSD. "Se o PSD entender juntar-se ao nosso projecto, para juntos afastarmos Fernando Medina, ficaria muito satisfeita", afirmou, rejeitando a intenção de pressionar o partido liderado por Passos Coelho. "Não nos compete pressionar um aliado. Há conversas com o PSD [sobre Lisboa] dentro do respeito dos tempos de cada partido", disse. Quanto à hipótese de vir a ganhar a câmara, Cristas garantiu que irá ocupar o cargo: "Se for eleita presidente da Câmara Municipal de Lisboa, não serei candidata a deputada, nem irei para o governo."

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