Burlas informáticas quadruplicam e o Natal é a época mais perigosa

Nos últimos cinco anos os números dispararam. A razão pode estar num motivo meramente burocrático no critério de registo, mas as autoridades deixam os avisos.

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Só nos primeiros seis meses deste ano já foram registadas mais de 4 mil queixas Reuters/DANISH SIDDIQUI

Há seis anos, o número de queixas por dia na Polícia Judiciária era de sete em todo o país, no entanto, graças ao fenómeno das burlas na Internet este número quase quadruplicou e subiu para 26 queixas por dia. Os números são citados pelo Jornal de Notícias que nota que os casos de compras online fraudulentas e roubo de dados privados (pishing) e de identidades. No Natal, os crimes aumentam.

Em 2010, o número de inquéritos abertos para este tipo de crime rondava os 2670 casos. No entanto, este ano, só nos primeiros seis meses o número já tinha ultrapassado as 4834 queixas, mais do que o total em 2014 (4674). Em 2015 foram registados 7800 crimes e 2016 deverá manter a tendência.

Carlos Cabreiro, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ, alerta que “houve, de facto, um aumento exponencial, mas também houve uma afinação dos critérios no registo do expediente. Por exemplo, uma burla praticada através do OLX poderia não estar a ser tipificada como burla informática, seria uma burla simples”, contextualiza em declarações ao Jornal de Notícias.

Para que isto aconteça basta que o sistema onde fazemos compras online não esteja actualizado para criar situações vulneráveis, aponta Luís Antunes, do Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade da Universidade do Porto. 

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