Penas efectivas para três suspeitos de burlas a dezenas de idosos

Seis arguidos foram condenados a penas suspensas e dois foram absolvidos. Advogado de defesa da maioria dos suspeitos contente com decisão.

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Colectivo de juízes condenou nove dos 11 arguidos. Diogo Baptista

O Tribunal de Espinho condenou, nesta segunda-feira, a penas de prisão efectiva, três dos 11 arguidos suspeitos de terem burlado dezenas de idosos em todo o país. As penas de prisão variam entre um ano e meio e cinco anos e quatro meses.

O colectivo de juízes aplicou ainda seis penas suspensas, que vão desde seis meses a três anos, tendo absolvido dois dos envolvidos de todos os crimes.

Os arguidos (cinco homens e seis mulheres) estavam acusados dos crimes de associação criminosa, branqueamento de capitais, burla, roubo, furto e detenção de arma proibida. Seis dos arguidos não estiveram presentes na sessão.

A pena mais gravosa foi aplicada a um homem que se encontra em prisão preventiva, que foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão, em cúmulo jurídico, por quatro crimes de burla e dois de roubo.

Um outro arguido, que também estava em prisão preventiva, foi condenado a três anos de prisão, com pena suspensa, por um crime de roubo e outro de detenção de arma proibida. Após a leitura do acórdão, o juiz presidente colocou-o em liberdade, alterando-lhe a medida de coacção para apresentações periódicas.

O tribunal condenou ainda a dois anos de prisão efectiva um homem, por um crime de roubo, e aplicou outra pena efectiva de um ano a meio a outro homem, por um crime de detenção de arma proibida. O último caso diz respeito a um indivíduo que praticou os factos quando beneficiava de uma suspensão de pena pelo mesmo crime.

O tribunal declarou extinto o procedimento criminal relativo a sete crimes de burla e um de furto, por desistência de queixa. Todos os arguidos foram ainda absolvidos dos crimes de associação criminosa e branqueamento de capitais.

No final da audiência, o advogado Arrobas da Silva, que defendia a maioria dos arguidos, mostrou-se satisfeito com o resultado."A montanha pariu um rato. Não se provou quase nada. Eles foram absolvidos da grande maioria dos crimes", disse à Lusa, o defensor.

Os suspeitos, todos pertencentes à mesma família, foram detidos pela GNR de Santa Maria da Feira em 2014, no âmbito de uma investigação que já decorria há cinco meses.

Os presumíveis burlões abordavam as vítimas junto das suas residências, apresentando-se como seus familiares ou conhecidos, e solicitavam objectos em ouro para serem fotografados, alegando que iam abrir uma ourivesaria.

Aproveitando uma distracção das vítimas, os suspeitos colocavam-se em fuga com as peças que depois eram vendidas em lojas de compra e venda de ouro usado. 

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