Justiça holandesa decide suspensão provisória de pagamentos a subsidiária da Oi

A empresa informou que o pedido foi "iniciado para compatibilizar naquela jurisdição a recuperação judicial iniciada pela companhia e algumas das suas subsidiárias".

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A Oi vendeu em 2015 a PT Portugal à empresa francesa Altice. © Nacho Doce / Reuters

A justiça holandesa aprovou o pedido da subsidiária da Oi Portugal Telecom International Finance B.V. para a suspensão provisória de pagamentos a credores, informou nesta segunda-feira a operadora de telecomunicações brasileira.

Em comunicado, a empresa informou que o pedido foi "iniciado para compatibilizar naquela jurisdição a recuperação judicial iniciada pela companhia e algumas das suas subsidiárias", incluindo a Portugal Telecom International Finance B.V., em Recuperação Judicial (PTIF).

"O procedimento de suspensão de pagamentos concedido (provisoriamente) garante à PTIF a suspensão de actos de execução de credores na Holanda para permitir que a PTIF reestruture as suas dívidas, com o objectivo final de satisfazer os seus credores", lê-se no texto.

O mesmo tribunal também autorizou a nomeação de J.L.M. Groenewegen, da CMS, como administrador para supervisionar o procedimento concedido de suspensão de pagamentos na Holanda e os interesses dos credores.

Em Agosto, a mesma medida foi concedida a outro veículo financeiro da Oi na Holanda, a Oi Brasil Holdings Coöperatief UA, tendo sido igualmente nomeado um administrador judicial para supervisionar o processo.

A Oi apresentou, em Junho, o maior pedido de recuperação judicial da história brasileira, perante uma dívida de 65,4 mil milhões de reais (18,18 mil milhões de euros), que foi entretanto aceite.

A Oi – que é a maior operadora de telefone fixo do Brasil e a quarta em rede móvel – vendeu em 2015 a PT Portugal à empresa francesa Altice.

A Pharol, antiga PT SGPS, detém cerca de 27% da gigante brasileira.

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