Samsung perde o ritmo e cai em bolsa após explosões nas baterias

Esta era uma fase estratégica, mas os episódios com baterias defeituosas travaram a empresa na mesma altura em que o novo iPhone chega aos mercados.

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À medida que os avisos aumentam as acções da empresa descem DADO RUVIC/Reuters

As acções da Samsung caíram para mínimos de quatro anos, depois das notícias sobre a explosão de baterias do novo Samsung Note 7. A empresa sul-coreana pediu aos clientes para pararem de usar o modelo e procederem à sua substituição face aos acidentes de explosões de aparelhos com baterias defeituosas.

Os receios do impacto nas vendas é ainda maior do que o calculado, uma vez que a recolha do modelo acontece ao mesmo tempo que o lançamento do mais recente smartphone da sua maior principal rival no mercado: o novo iPhone 7 da Apple.

Durante a última semana, várias companhias aéreas proibiram a utilização do Samsung Note 7 durante os voos, por questões de segurança. Os avisos e apelos chegaram também da Comissão de Segurança e Protecção de Bens de Consumo nos EUA, um dia depois de a Administração Federal de Aviação norte-americana (FAA) pedir aos passageiros para não ligarem nem carregarem o aparelho durante os voos.

De acordo com o Wall Street Journal, os investidores da marca sul-coreana recuaram em 10 mil milhões de dólares, cerca de 8,8 mil milhões de euros.

“As quedas parecem maiores do que o esperado e a Samsung terá de lidar não só com as consequências directas mas também com os custos de perda de oportunidade”, afirma CW Chung, analista na correctora Nomura, citada pelo Financial Times.

A empresa fornecedora das baterias também sofreu quedas em bolsa de 5,7%.

Antes dos incidentes do modelo Note 7, a Samsung estava com bons níveis de crescimento graças às vendas do Galaxy S7. Comparando, por esta data, há um ano, as vendas da empresa estava 16% mais altas, detalha o jornal.

A empresa irá substituir cerca de 2,5 milhões de aparelhos em dez países diferentes. As novas baterias chegam a 19 de Setembro. 

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