Começa a desenhar-se a programação da 16.ª edição do DocLisboa, a decorrer de 20 a 30 de Outubro próximos. Depois da apresentação das retrospectivas que serão dedicadas ao documentário cubano e ao realizador britânico Peter Watkins, a organização apresentou agora a programação da secção Heartbeat, dedicada aos documentários musicais, onde o destaque vai para David Bowie, Paul Thomas Anderson, os lusos Linda Martini e as novas formas da música africana.

Sobre Bowie mostrar-se-á o documentário de Gaëtan Chataigner e Christophe Conte David Bowie: L’homme cent visages ou le fantôme d’Hérouville. Produzido antes da morte do cantor, o filme centra-se no estúdio de gravação Strawberry, instalado no castelo de Hérouville, às portas de Paris, onde Bowie gravou Pinups e Low (e onde José Afonso e José Mário Branco também gravaram…).

De Paul Thomas Anderson exibir-se-á o já muito falado Junun, registo das gravações do álbum homónimo assinado por Jonny Greenwood dos Radiohead, Shye Ben Tzur e o Rajasthan Ensemble. Os Linda Martini trarão uma sessão especial com O Dia em que a Música Morreu, curta de Bruno Ferreira que começou por ser um teledisco para o tema do mesmo nome do álbum Sirumba para se transformar num documentário híbrido sobre os mineiros de Aljustrel.

Outros filmes escalados para a secção são Sons do Gueto da dupla inglesa Tim & Barry sobre o trabalho da editora portuguesa Príncipe Records; Fonko de Göran Hugo Olsson (o autor de The Black Power Mixtape), Daniel Jadama e Lars Lóven, sobre as novas tendências musicais nascidas em África (com narração de Neneh Cherry e Fela Kuti); Inside the Mind of Favela Funk das holandesas Fleur Beemster e Elise Roodenburg; ou Las Más Macabras de las Vidas, onde o espanhol Kikol Grau traça a história do grupo punk basco Eskorbuto.