Crescimento de Sines compensou queda de portos como o de Lisboa

Sines movimentou 24,1 milhões de toneladas no primeiro semestre, o que corresponde a 53,5% da carga total. Lisboa caiu 18%.

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Sines continua destacadamente à frente dos restantes portos. PÚBLICO/Arquivo

Os portos comerciais do continente movimentaram cerca de 45 milhões de toneladas no primeiro semestre, nas várias tipologias de carga, registando um acréscimo de 0,9% comparativamente ao valor observado no período homólogo de 2015. Este crescimento resulta “exclusivamente” do comportamento do porto de Sines, que registou um acréscimo de 10,5%, compensando a queda expressiva de Lisboa, que ascendeu a 18,6%.

Sines movimentou 24,1 milhões de toneladas, o que corresponde a 53,5% da carga total movimentada. A taxa média anual de crescimento deste porto subiu para 13,7%.

O Porto de Lisboa, que ao longo de 2015 e nos primeiros meses do corrente ano sofreu constrangimentos provocados pelas greves dos estivadores, não foi o único a registar quebras de actividade. De acordo com dados divulgados esta terça-feira pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o porto de Leixões perdeu 3,5% e o de Setúbal 2,3%.

A consolidação dos números transforma o primeiro semestre de 2016 no melhor de sempre, comparativamente a períodos homólogos, destaca a AMT.

No período em análise, o porto de Sines reforçou a posição de liderança do mercado em 2,1 pontos percentuais, para 53,5%. Na segunda posição encontra-se o porto de Leixões, com 19,6%, seguido de Lisboa (10,3%) e Setúbal (8,8%).

No que respeita ao mercado de contentores, no primeiro semestre deste ano verificou-se uma quebra de 1,8% face ao 1º semestre de 2015, com Sines a responder por 54,3%.

A AMT destaca a relevância das operações de transhipment (mudança de um navio para outro) no Porto de Sines, que representam 78% do total da carga contentorizada movimentada, reflectindo um crescimento de cerca de 15% em termos homólogos.

A carga embarcada, com origem no hinterland (área de influência) dos portos comerciais, na qual a expedição de bens assume um peso importante, registou no primeiro semestre de um volume de cerca de 19,1 milhões de toneladas, uma diminuição de cerca de 2,1% face ao período homólogo de 2015.

Quanto ao volume de carga desembarcada com destino ao hinterland dos portos, houve um aumento de cerca 3,2%, face ao valor registado no mesmo período de 2015, atingindo as 25,9 milhões de toneladas, muito influenciado pelo aumento de 11,2% no movimento de carga contentorizada, mais 4,7% de produtos agrícolas e de mais 10,9% do petróleo bruto.

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