Alibaba coopera com a polícia chinesa contra produtos falsificados

Gigante chinesa do comércio online foi afastada de um grupo internacional contra as falsificações, mas promete continuar esforços.

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O grupo Kering, dono da Gucci, considera a Alibaba o seu “adversário mais perigoso” Aly Song/Reuters

A Alibaba, gigante chinesa do comércio online, foi afastada da Coligação Internacional de Anti-falsificações (IACC, na sigla inglesa) mas já fez saber que vai continuar o combate aos produtos contrafeitos, vendidos nos sites da empresa.

Segundo o jornal South China Morning Post, sedeado em Hong Kong, a Alibaba começou a colaborar com a polícia chinesa de Putian, na província de Fujian (sudeste da China), na identificação de artigos falsificados.

O acordo foi assinado ainda antes de o grupo chinês ter saído da IACC. No final de Abril foi assinado um memorando de entendimento com a polícia chinesa, já depois de ter colaborado no ano passado numa investigação a quatro fabricantes que falsificavam produtos das marcas Nike e Adidas. A operação, escreve a Lusa a partir de Pequim, permitiu identificar produtos no valor de dez milhões de iuan (cerca de 1,35 milhões de euros).

A Alibaba, que domina 90% do comércio electrónico da China, tem procurado melhorar a sua imagem para não ser olhada como uma montra de produtos pirateados e falsificados, mas outros parceiros da IACC têm demonstrado o seu descontentamento, considerando que o gigante do comércio electrónico não está a fazer esforços suficientes, escreve o South China Morning Post (jornal que em Dezembro foi comprado pela Alibaba). O grupo Kering, dono da Gucci, protestou contra a Alibaba, considerando-a o seu “adversário mais perigoso e nocivo”, acrescenta a Lusa.

A suspensão da IACC “não vai afectar a formulação e a implementação das nossas políticas” de protecção das marcas internacionais, diz a empresa.

A Alibaba conseguiu no final do ano passado uma vitória nos Estados Unidos, ao deixar de fazer parte da lista negra dos sites que oferecem produtos falsos. Apesar disso, os serviços da Representação do Comércio dos Estados Unidos não deixaram de se mostrar “muito preocupados” com os programas de fiscalização da empresa, considerando que o grupo ainda tem de fazer mais esforços para deter a venda de produtos falsificados.

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