Ricciardi diz que Salgado é "patético" ao "arvorar-se em baluarte da honra"

Responsável do ex-BESI reage ao livro Os dias do fim, que resultou de um testemunho prestado pelo primo e antigo presidente executivo do BES.

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José Maria Ricciardi está hoje à frente da operação portuguesa do Haitong Bank (ex-BESI) Miguel Manso

José Maria Ricciardi, à frente da operação portuguesa do Haitong Bank (ex-BESI), acusa o primo direito Ricardo Salgado de ser “patético” e de se “armar em baluarte da honra e da dignidade da família que traiu e aviltou”. As declarações de Ricciardi são uma reacção ao livro Dias do Fim , da autoria de Alexandra Almeida Ferreira, que resultou de um testemunho prestado pelo antigo presidente executivo do BES.

“É pelo menos patético que quem é responsável pela destruição de um património familiar de várias gerações, e ainda pelos incalculáveis prejuízos causados à economia nacional, às poupanças de milhares de depositantes, colaboradores e investidores, venha a terreiro arvorar-se em baluarte da honra e da dignidade da família, que ele próprio traiu e aviltou”, observa Ricciardi, que até 2014 integrou a administração de Ricardo Salgado (com o qual se incompatibilizou em meados de 2013).

O banqueiro do Haitong Bank garantiu ao PÚBLICO que não irá “perder tempo com a leitura” da publicação, “sendo como é do conhecimento público a indiciação“ de Salgado “pela prática de ilicitudes criminais gravíssimas e a sua sujeição a pesadas de medidas de coacção”.

“Acho penoso e incompreensível que alguém que diz que não tem meios económicos e financeiros para pagar cauções, tenha meios financeiros para pagar a assessores de comunicação”, referiu ainda, notando que têm sido divulgadas sobre si (referindo-se à edição da revista Sábado de quinta-feira passada) “notícias falsas e requentadas, nomeadamente dizendo que eu estou incriminado”, das investigações do Ministério Público às privatizações da EDP e da REN.

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