Contratos de obras públicas atingiram em Janeiro valor mais baixo desde 2011

Valor dos contratos celebrados corresponde a 27 milhões de euros. Nível de actividade da reabilitação cresceu 13,8% no arranque do ano.

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O sector da construção poderá perder 140 mil postos de trabalho até ao final do ano Enric Vives-Rubio

Os contratos de obras públicas celebrados em Janeiro e reportados no Observatório das Obras Públicas corresponderam a apenas 27 milhões de euros, um valor sem precedentes desde 2011, revelou esta terça-feira a associação do sector.

De acordo o Barómetro de Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o anterior mínimo histórico registou-se em Novembro de 2015 e foi de 79 milhões de euros.

Os dados agora apurados representam quedas de 75% e 69%, em termos mensais e homólogos, refere a estrutura associativa.

Os contratos celebrados em resultado de ajustes directos totalizam 15 milhões de euros, menos 52% em termos homólogos, e os celebrados em resultado de concursos públicos promovidos totalizam 11 milhões de euros, ou seja, menos 78% que o apurado em Janeiro de 2015, aprofundando o diferencial entre obras concursadas e respectivas obras contratadas.

O montante total de concursos de empreitadas de obras públicas lançados em Janeiro foi de 117 milhões de euros, valor que corresponde ao melhor registo desde Setembro passado. Trata-se de um subida de 4,3% face a Dezembro e 49,9% relativamente a Janeiro de 2015, que tinha alcançado um dos piores registos de sempre em matéria de lançamento de concursos.

O Inquérito à Reabilitação Urbana, realizado pela AICCOPN às empresas que actuam neste mercado, revela que, em Janeiro, o nível de actividade iniciou o ano com um registo positivo de crescimento de 13,8%, face ao mês homólogo de 2015. Ainda assim, este valor representa algum abrandamento face aos 29,9% apurados em Dezembro.

O índice relativo à carteira de encomendas apresentou um crescimento de 15,6%, também em termos homólogos, valor que é superior aos 8,8% registados no mês anterior.

No mesmo sentido, verificou-se um aumento progressivo da produção contratada em meses, ou seja, o tempo assegurado de laboração considerando um ritmo normal de produção, o qual se situou, em Janeiro, nos 6,9 meses, correspondendo a uma melhoria de 0,3 meses (nove dias) face ao mês homólogo de 2015.

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