“Acto falhado, atrapalhação e pouca confiança”, diz o PSD sobre OE 2016

Deputado social-democrata António Leitão Amaro fez uma leitura muito crítica sobre o esboço do orçamento apresentado pelo ministro das Finanças, alegando que a informação é pouca e mostra que não há esforço de equilíbrio das contas públicas.

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Leitão Amaro Adriano Miranda

O primeiro comentário foi arrasador. O PSD considera que o esboço do Orçamento do Estado (OE) para 2016 que o ministro das Finanças apresentou esta quinta-feira à noite é um “acto falhado, tem pouca informação e detalhes, revela atrapalhação e pouco rigor na conclusão do processo orçamental – e isso não é inspirador de confiança”.

O resumo foi feito pelo deputado António Leitão Amaro perante os jornalistas na Assembleia da República numa declaração sem direito a perguntas. “Este foi um momento falhado da parte do Governo; é mais um adiamento na conclusão do Orçamento do Estado. Revela atrapalhação no processo orçamental e inspira pouca confiança. Confiança, pelo contrário, é o que Portugal recuperou nos anos anteriores e o que Portugal precisa de retomar depressa.”

“A governação do PS apoiado pelas esquerdas, com as medidas que tem tomado nas últimas semanas, tem colocado em causa a confiança de Portugal cá dentro - de quem quer investir e organizar a sua vida -, mas também a confiança externa em Portugal, que é fundamental para atrair investimento externo absolutamente decisivo para criarmos emprego e riqueza”, argumentou o deputado.

Para o PSD, os “poucos detalhes, pouco explicados e nada fundamentados” que o ministro avançou permitem perceber que há um “insuficiente” esforço de equilíbrio das contas públicas num momento em que Portugal “precisa de manter uma linha de recuperação”, seja para manter a confiança externa, seja para não adiar [pagamento] nem aumentar a dívida, justificou Leitão Amaro. Recordou que na passada semana a UTAO – Unidade Técnica de Acompanhamento Orçamental “disse que esta opção do Governo significa pelo menos 10 mil milhões de euros de dívida a mais”.

Além disso, acrescentou o deputado, “há qualquer coisa de estranho nestes números”, já que a redução do défice que é apresentada, além de ser “insuficiente”, “acontece com medidas de aumento da despesa e de redução da receita. Como é que isso é possível?” Em nome do PSD, António Leitão Amaro apelou a que o Governo, “nas horas que faltam” para a conclusão do orçamento, “procure devolver a confiança no país”.

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