Sampaio da Nóvoa quer presidenciais de 2016 como as de 1986

O candidato presidencial formalizou a sua candidatura no Palácio Ratton e mostrou-se “muito confiante” para uma segunda volta vitoriosa.

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Sampaio da Nóvoa apresentou no Tribunal Constitucional as proposituras de Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio em primeiro lugar. Miguel Manso

Sampaio da Nóvoa apresentou esta terça-feira perto de 13 mil assinaturas no Tribunal Constitucional (TC) para formalizar a sua corrida a Belém, em Janeiro. O candidato presidencial destacou o “momento muito importante e de grande orgulho” e referiu que as primeiras três proposituras apresentadas no TC são as de três Presidentes da República: Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio.

“Estamos muito confiantes num bom resultado, na energia que temos sentido nas ruas, sobretudo nas últimas semanas. Enfim, passado o tempo das legislativas as pessoas começam a aperceber-se da importância destas presidenciais, estamos muito confiantes”, afirmou Sampaio da Nóvoa, à saída do Palácio Ratton.

“Estamos praticamente seguros de que haverá segunda volta e que na segunda volta serão umas novas eleições, que serão disputadas com uma forte possibilidade de acontecer em 2016 aquilo que aconteceu em 1986”, previu o candidato independente, fazendo referência às eleições em que Mário Soares subiu à Presidência depois da disputa mais renhida de sempre contra Diogo Freitas do Amaral. Esta eleição forçou a realização de uma segunda volta, caso único nas presidenciais portuguesas, e alterou o sentido de voto dos eleitores, que primeiramente tinham votado em maioria no líder do CDS.

Sampaio da Nóvoa fez-se acompanhar pelo director de campanha, o socialista Pedro Delgado Alves, e pelo novo mandatário nacional da candidatura, o antigo ministro da Saúde António Correia de Campos. “O contributo do professor Correia de Campos é  muito importante, por tudo o que ele representa na sua vida cívica, na defesa da administração pública, na defesa do Estado Social, nas questões da saúde e educação enquanto professor também”, explicou Nóvoa aos jornalistas.

Quando questionado sobre o desfecho do caso Banif, o ex-reitor da Universidade de Lisboa recusou comentar, apesar de dizer-se “preparadíssimo” para o desafio. “Estou a acompanhar com muita atenção esse assunto. Pronunciei-me sobre ele ontem, pronunciar-me-ei provavelmente ainda durante o dia e amanhã se for necessário. Mas hoje é o tempo das presidenciais”, justificou Sampaio da Nóvoa. 

Texto editado por Nuno Ribeiro

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