Com uma carreira que começou ainda nos anos de 1950, Robert Loggia, filho de um sapateiro da Sicília, cruzou o cinema e televisão norte-americanos sobretudo em papéis secundários. Morreu nesta sexta-feira nos EUA, aos 85 anos.

Em 1985, Loggia foi nomeado para um Óscar na categoria de Melhor Actor Secundário pelo seu papel no filme O Fio do Suspeito, de Richard Marquand.

O seu rosto forte e voz rugosa determinaram-lhe papéis de figuras que operavam nas margens da lei, como o barão da droga Frank Lopez de Scarface – A Força do Poder, de Brian de Palma, ou o criminoso Eduardo Prizzi em A Honra dos Padrinhos, de John Huston.

Mas Loggia também experimentou o humor. Quer com Blake Edwards, em dois filmes da série A Pantera Cor-de-Rosa, quer ao lado de Tom Hanks no filme Big, de 1988. Foi Robert Loggia quem deu corpo ao director de uma empresa de brinquedos onde o protagonista passa a trabalhar. Numa cena que se tornou icónica, a personagem de Loggia junta-se a Hanks para tocarem com os pés num piano gigante.

Do seu percurso fazem parte também filmes como O Lutador, onde contracenou com Sylvester Stallone, Estrada Perdida, de David Lynch – e que Loggia considerava “um dos melhores filmes” nos quais entrou –, e ainda uma participação especial na série Os Sopranos.

Em 2010, o actor tinha sido diagnosticado com a doença de Alzheimer.