Fradique e Bernardo Soares com música de Adriana Calcanhotto

É o Tudo Língua, um evento organizado pelo PÚBLICO em parceria com a Universidade de Coimbra na Biblioteca Joanina.

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Biblioteca Joanina, em Coimbra Nelson Garrido

Fradique Mendes, o excêntrico e viajado poeta baudelairiano, autor dos moderníssimos Poemas do Macadame, inventado por Eça de Queirós e amigos, vai trocar impressões com Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros da Rua dos Douradores, esse que um dia terá dado a ler a Fernando Pessoa, numa obscura casa de pasto, o seu Livro do Desassossego.

A conversa está marcada para as 18h30 de sexta-feira na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra (UC), após a última sessão do congresso Língua Portuguesa: Uma Língua de Futuro, e encerrando as comemorações dos 725 anos da Universidade de Coimbra. Mas como os próprios Fradique e Bernardo “não estavam disponíveis”, explica Carlos Reis, terá de ser ele mesmo a representar o alter-ego queirosiano, cabendo ao pessoano Jeronimo Pizarro tomar a seu cargo o semi-heterónimo de quem Pessoa dizia: “Sou eu menos o raciocínio e a afectividade."

A sessão, concebida pelo PÚBLICO no âmbito do projecto Tudo Língua e organizada em parceria com a UC, culminará com um concerto da cantora Adriana Calcanhotto, intérprete de poetas dos dois lados do Atlântico, que se fará acompanhar do compositor e violonista Arthur Nestrovski, director artístico da Orquestra Sinfónica de S. Paulo. Adriana Calcanhotto já abrira as comemorações dos 725 anos da UC em Março, e logo então ficou “sonhando com a possibilidade” de cantar na Biblioteca Joanina. “Não consegui mais tirar isso da cabeça”, disse ao PÚBLICO em Setembro, durante a visita técnica à biblioteca para preparar o espectáculo da noite de sexta-feira, que será reservado a convidados.

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