EUA vão receber mais 15.000 refugiados no próximo ano

Casa Branca responde aos apelos internacionais e alarga quota para entrada de pessoas em fuga de guerras e perseguições em todo o mundo.

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Kerry encontru-se com refugiados sírios na Alemanha EVAN VUCCI/AFP

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, revelou este domingo mais pormenores sobre o plano da Casa Branca para participar na resposta à crise de refugiados na Europa. No próximo ano, os EUA vão receber um total de 85.000 refugiados de todas as nacionalidades, um aumento de 15.000 em relação ao que estava previsto. Em 2017, esse número subirá para cem mil.

Kerry sublinhou que o aumento de 70.000 para 85.000, e depois para 100.000, não prevê apenas a concessão de asilo a refugiados sírios. As pessoas em causa serão designadas pelas Nações Unidas e os seus processos serão depois avaliados pelo Departamento de Segurança Nacional norte-americano.

O anúncio foi feito por John Kerry durante uma visita a Berlim, em resposta aos crescentes apelos internacionais para que os EUA reforcem o seu papel no alívio da crise de refugiados na Europa, onde chegaram cerca de 500.000 pessoas desde o início do ano, a maioria em fuga de guerras e perseguições em países como a Síria, o Iraque ou o Afeganistão.

Também este domingo, Hillary Clinton, antecessora de John Kerry na Secretaria de Estado e candidata à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, disse o que país tem de fazer mais neste capítulo – o Presidente Barack Obama anunciou que serão recebidos 10.000 refugiados sírios, mas Clinton acredita que seria possível receber 65.000.

"Estamos a enfrentar a mais grave crise de refugiados desde o fim da II Guerra Mundial, e acho que os Estados Unidos têm de fazer mais", disse Clinton no programa da CBS "Face the Nation". "Gostava que passássemos de dez mil, que é um bom começo, para 65.000, e que começássemos imediatamente a seleccionar as pessoas que iríamos receber."
 

  



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