TAP assegura 74% dos voos no sétimo dia de greve dos pilotos

Grupo conseguiu assegurar 195 ligações, tendo sido obrigado a cancelar 66.

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Greve dos pilotos começou a 1 de Maio e prolonga-se até domingo Daniel Rocha

A fasquia foi superior à dos seis primeiros dias de greve, em que rondou os 70%, mas a adesão dos trabalhadores aos protestos continua a ser mais forte na PGA. Ainda assim, fonte oficial do grupo assegurou que aumentou o nível de voos realizados pela companhia de aviação regional.

O sindicato continua a fornecer dados diferentes, tendo emitido nesta quinta-feira um comunicado em que refere que a adesão dos seus associados (o que não inclui todo o universo dos pilotos) ronda os 80%.

O SPAC, que reclama a devolução de diuturnidades e uma fatia entre 10% a 20% no capital da TAP, convocou uma conferência de imprensa para sexta-feira, em que pretende explicar novamente as razões que levaram à convocação da greve de dez dias, que termina domingo.

Do lado do Governo, o secretário de Estado dos Transportes não quis antecipar nesta quinta-feira se a greve irá ter consequências negativas na privatização. “Saberemos o impacto já daqui a pouco tempo, seja no número de candidatos, seja no valor” oferecido, disse, referindo-se ao facto de os potenciais investidores terem até 15 de Maio para apresentar uma proposta final de compra pela TAP.

Quanto às negociações com os pilotos, que parecem ter caído definitivamente por terra, Sérgio Monteiro afirmou que o tema é uma “conversa surda” porque estão em cima da mesa exigências impossíveis de satisfazer. O governante fez questão de sublinhar que “no início, a direcção do sindicato antevia que ao sétimo dia não haveria pilotos suficientes para que os serviços mínimos fossem cumpridos.

Já o presidente da TAP enviou uma carta aos trabalhadores em que agradece “o enorme esforço e profissionalismo demonstrados ao longo destes dias”, considerando que evitará “que maiores perdas e prejuízos sejam acarretados para a TAP”.

O gestor fala de “alguma esperança de que os danos causados na imagem e credibilidade da companhia possam ser contidos”, de modo a poder reconquistar gradualmente os clientes.

Mas reconhece que é necessária uma reestruturação. “Com este esforço de controlo de danos em que estamos empenhados, a necessária restruturação da empresa, a ter de ser levada a cabo, poderá talvez ser encarada de forma um pouco menos exigente, minorando os sacrifícios necessários”, refere. 

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