Nove finalistas para o prémio Novos Artistas da Fundação EDP

Escultura e instalação dominam escolhas dos comissários. Exposição colectiva agendada para 19 de Junho em Lisboa.

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O prémio Novos Artistas Fundação EDP de 2015 já tem os seus nove finalistas e um prémio monetário que quase duplicou em relação aos anos anteriores (hoje é de 20 mil euros). Nesta 11.ª edição concorrem Joana Escoval, João Grama, Manuel Caldeira, Marco Pires, Mariana Silva, Nuno Vicente, Pollyana Freire, Teresa Braula Reis e Vasco Futscher .

Entre os finalistas, nascidos entre 1975 (João Grama) e 1990 (Teresa Braula Reis), destacam-se a escultura e a instalação. Na primeira estão Joana Escoval, premiada com o BES Revelação em 2012 e com várias exposições individuais no currículo, a mais recente das quais na galeria Vera Cortês em 2014; Teresa Braula Reis, mestre em Belas Artes pela Central Saint Martins de Londres, cidade onde vive, e participante em várias exposições colectivas; mas também Manuel Caldeira e Vasco Futscher, que trabalham tanto a escultura quanto o desenho e a cerâmica, respectivamente. Caldeira foi já por duas vezes bolseiro da Ar.Co e tal como Futscher participou tanto em mostras colectivas quanto individuais.

A instalação é o território de Mariana Silva, distinguida também no BES Revelação de 2008 e com várias participações em exposições colectivas e individuais (Cristina Guerra, Serralves, Kunsthalle Lissabon ou Parkour). No mesmo meio trabalha Nuno Vicente, nascido em França e residente em Berlim, tendo já exposto em várias mostras colectivas, e a brasileira Pollyana Freire, que se formou em São Paulo mas também na Ar.Co e que já mostrou o seu trabalho em colectivas no Brasil, em Portugal e em Espanha.

Já Marco Pires, cujo trabalho passou pela Appleton Square ou pelo Museu da Cidade em modo exposição individual ou colectiva, explora o desenho. A fotografia também só tem um representante, João Grama, antigo bolseiro de Criação Artística da Gulbenkian (2012) e também participante em mostras individuais e colectivas.

Escolhidos pelos comissários Filipa Oliveira e Sérgio Mah, curadores independentes, e pelo programador artístico da Fundação EDP João Pinharanda, os finalistas preparam-se agora para a exposição colectiva em que mostrarão o seu trabalho no Museu da Electricidade, em Lisboa, já agendada para 19 de Junho.

Será, como habitual, um júri internacional a decidir qual dos nove nomes nesta short list é o escolhido de 2015 – sendo que o júri, como informa a Fundação EDP em comunicado, ainda não está designado. O seu presidente será José Manuel dos Santos, director cultural da fundação, e integrará um artista e três comissários, dois dos quais, segundo o regulamento do prémio, serão internacionais.

O valor pecuniário do prémio, um dos mais importantes para a arte contemporânea portuguesa, tem vindo a crescer: começou na casa dos 10 mil euros, para ultrapassar os 11 mil e agora atingir os 20 mil. Este valor destina-se, de acordo com a mesma nota da fundação, a ser aplicado “pelo artista no aprofundamento dos seus estudos ou na concretização de um projecto artístico específico”. Também o número de candidaturas aumentou – na edição de 2013 foram 567, tendo este ano passado para mais de 760.

O Prémio Novos Artistas Fundação EDP é atribuído há 15 anos, primeiro anual, depois bienalmente, com o objectivo de “apoiar a nova criação e os valores emergentes da arte contemporânea”. Na última edição foi atribuído a Ana Santos, tendo já distinguido também Priscilla Fernandes (2011), Gabriel Abrantes (2009), Joana Vasconcelos (2000), Vasco Araújo (2002), João Maria Gusmão/Pedro Paiva (2004), Carlos Bunga (2003), André Romão (2007), João Leonardo (2005) e Leonor Antunes (2001). 

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