Apple acaba com interdição de rede social de utilizadores de marijuana

A decisão surgiu depois de a MassRoots aceder a acitvar uma função que interdita o seu manuseamento nos estados americanos onde a marijuana é ilegal.

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A MassRoots é a aplicação americana relacionada com o universo da marijuana com mais utilizadores DR

Há três meses, a Apple bloqueou nos Estados Unidos a aplicação MassRoots, uma rede social para consumidores de cannabis, justificando o acto com uma das regras pela qual se gere, segundo a qual serão bloqueadas aplicações que “encorajem consumo excessivo de álcool e substâncias ilegais”. Esta sexta-feira, a MassRoots voltou a estar disponível na loja da Apple. Em todo o país? Não, nos 23 estados nos quais a marijuana é legal (totalmente ou por razões médicas). Quem está sob fogo, agora, é a representação de armas nas aplicações.

A decisão de interditar a MassRoots, a aplicação americana relacionada com cannabis mais seguida (tem cerca de 250 mil utilizadores), espoletara uma campanha para reverter o banimento, que incluiu o contacto directo com o CEO da Apple, Tim Cook, que recebeu uma carta co-assinada pela National Cannabis Industry Association e por empresas relacionadas com investimento em marijuana, ou pedindo aos seus utilizadores que endereçassem e-mails à companhia pedindo a revisão da sua posição (tê-lo-ão feito cerca de dez mil).

A Apple acabou por rever a sua política, autorizando a aplicação depois de a rede social incluir na sua aplicação uma função que a interdita nos estados onde a utilização da marijuana não é legal. “Estamos entusiasmados para iniciar um novo capítulo com a Apple, com quem podemos trabalhar em conjunto para conseguir mudanças sociais significativas”, lê-se no blogue da MassRoots. Apesar de a empresa não gerar ainda lucros, os seus dirigentes, que trabalham neste momento em parcerias publicitárias, têm a expectativa de, daqui a dois anos, atingirem receitas mensais de um milhão de dólares.

Em sentido contrário, a Apple começou a recusar aplicações cujos screenshots na sua loja de aplicações mostrem o manuseamento de armas. Segundo o site TechCrunch, a Apple estará apenas a passar a cumprir as suas próprias regras:“Apps com ícones, screenshots e apresentações que não cumpram o rating 4+ anos serão recusadas”, lê-se no ponto 3.6 dos seus regulamentos.

O primeiro a ser alvo da aplicação das regras foi o jogo Gunslugs 2, rejeitado pelo Apple pelo screenshot que mostrava “violência contra um ser humano”. Seguiram-se os pedidos por parte dos serviços da Apple para que vários outros criadores de jogos e aplicações alterassem imagens agora consideradas proibidas.

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