Grão Vasco quer ser museu nacional

Já entrou no Parlamento um projecto de resolução para que seja aberto o procedimento de classificação.

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O Museu Grão Vasco, em Viseu, foi o espaço que registou um maior crescimento Paulo Ricca

Na argumentação, juntamente com as alegações históricas e a importância do acervo, seguiram para a DGPC 21 cartas de instituições, empresas, personalidades e agentes culturais com as respetivas declarações de apoio. Também na Assembleia da República, o grupo parlamentar do PS apresentou um projecto de resolução para que seja aberto o procedimento de classificação.

A direcção do Museu, liderada por Agostinho Ribeiro, aguarda a “boa notícia” a qualquer momento, mas se ela só chegar em 2016 “também será uma boa prenda” no ano em que a instituição assinala os 100 anos (16 de Março). “Está provado que esta é uma pretensão colectiva de Viseu”, assegura Agostinho Ribeiro.

O Grão Vasco é um museu directamente dependente do Estado português, mas que ainda não foi elevado à categoria de museu nacional. Agostinho Ribeiro realça que a nova designação seria uma “mais valia”, principalmente ao nível da promoção do próprio espaço que “começa a ser cada vez mais um local de referência”. “Depois dos museus nacionais, o Grão Vasco foi o que mais cresceu em número de visitantes”, sustenta. Foi o sexto museu do país que teve mais visitas e a segunda cidade onde esse número mais aumentou, sendo só ultrapassado por Lisboa. Em números absolutos, pelo museu de Viseu passaram 80 241 visitantes, dos quais 62 826 foram nacionais e 17 415 estrangeiros. Relativamente ao ano de 2013, o Grão Vasco registou um aumento de 16% no total de visitantes e 22% nos visitantes estrangeiros.

O Museu Grão Vasco tem 22 obras “tesouros nacionais” e está no centro histórico de Viseu que a autarquia quer candidatar a Património da Humanidade. A coleção principal é constituída por um conjunto de pinturas de retábulo, provenientes da Catedral, de igrejas da região e de depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes.

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