Alguns observadores recusavam a existência de uma “vaga republicana” nos Estados Unidos, mas os resultados das eleições intercalares de dia 4 de Novembro vieram provar que, com “vaga” ou sem ela, os republicanos não só conquistaram a maioria no Senado, com vantagem superior à prevista nas projecções mais favoráveis, como reforçaram ainda a maioria que já detinham na Câmara dos Representantes. Agora, nos dois anos que lhe restam na Casa Branca, Obama pode arriscar gerir as suas políticas de modo mais administrativo, recorrendo a ordens executivas ou vetos, ou então procurar vias de consenso com os republicanos nas matérias em que tal for possível – e não são muitas. Há muito ainda entre os seus temas “pendentes”: da imigração aos problemas ambientais, passando pela frente externa, sobretudo no Médio Oriente e no livre comércio com a Europa e a Ásia. O que fizer poderá dar-lhe uma retirada honrosa… ou em queda.