Seguro “orgulhoso” dos 130 mil inscritos nas primárias

Líder do PS visitou Feira de S. Mateus, em Viseu.

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Nuno Ferreira Santos

Um número que o candidato espera ainda ser “ultrapassado” e que demonstra que os portugueses sabem que “as posições e as suas opiniões podem ser tomadas em conta”.

“Quando nós olhamos para o nosso adversário e pensamos que ele não queria estas eleições, que tudo fizeram para as evitar, que um dos seus apoiantes chegou a recorrer para o Tribunal Constitucional, que queria encerrar as inscrições no final de Julho, altura em que estavam apenas 23 mil pessoas inscritas... hoje há mais de 100 mil a acrescentar e porque somos determinados. Tivemos muitos entraves, mas seguimos em frente”, congratulou-se.

Para o candidato, este é mais um sinal que os portugueses dão de como querem participar e justifica a iniciativa que vai apresentar na segunda-feira no Parlamento de uma nova lei eleitoral. “Uma lei onde os portugueses possam escolher quem é o seu candidato à Assembleia da República”.

António José Seguro deixou ainda o aviso de que fará tudo para que o caso BES seja esclarecido. O candidato às eleições primárias do PS afirmou que este caso não é apenas um caso entre accionistas do banco e os seus administradores, mas sim um caso que pelos seus envolvimentos económicos e alegados envolvimentos políticos é “um caso do regime”.

O candidato alertou que para “salvar regime” é preciso eliminar “a podridão” para que ela não contamine “as partes boas e sãs da nossa democracia e do nosso regime democrático”.

“É por isso que mesmo que a voz me doa, e hoje esse não é o caso, não cansarei de a colocar para que tudo seja esclarecido”, disse.

Perante a sala cheia de militantes, António José Seguro questionou se ainda alguém tem “total confiança na forma como funciona a política no nosso país”, quer sejam instituições de governo, de justiça ou no sistema bancário e financeiro. “Quarenta anos depois do 25 de Abril houve muitas celebrações, mas a verdadeira celebração é nós combatermos esta falta de confiança nas instituições e quem está errado não é o povo, quem está errado é quem, com opacidade, protege interesses. Nós precisamos de transparência na democracia, ela não vive com opacidade”, sustentou o candidato socialista.

O candidato, antes de fazer uma visita à Feira de S. Mateus, jantou em Viseu com militantes e simpatizantes, num encontro onde esteve Manuel Machado, presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.

 

 

 

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