“Dívida do país deixou os portugueses à beira de um enfarte”, afirma João Ferreira

Candidato da CDU responde ao social-democrata Paulo Rangel sobre o aumento da dívida pública.

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João Ferreira Miguel Manso

O colesterol é uma doença que afecta muitos portugueses; a dívida pública afecta todos sem excepção. Por isso, João Ferreira, o candidato da CDU diz que o aumento da dívida que o Governo do PSD e CDS-PP provocaram nos últimos anos “deixou os portugueses à beira de um enfarte”.

João Ferreira respondia assim a um comentário feito na terça-feira à noite por Paulo Rangel, num comício precisamente no mesmo distrito onde esta quarta-feira andou a caravana da CDU, Leiria. O candidato da Aliança Portugal dissera que “a dívida é como o colesterol: faz mal e tem que se combater”, citou o cabeça de lista da CDU.

“Pois se assim é, aquilo que ele não disse é que este Governo do PSD e do CDS, com o aumento a que levou a nossa dívida nos últimos anos, deixou os portugueses à beira de um enfarte tais são os níveis de colesterol que acrescentaram a uma dívida já de si insustentável”, apontou com ironia João Ferreira num jantar com apoiantes em Pataias. Que recordou ainda que Paulo Rangel, há cinco anos, quando estava na oposição, dizia que cada criança que nascia em Portugal já tinha sobre si uma dívida insustentável. Depois de três anos de troika, a tal dívida já tão pesada ainda cresceu mais 50 mil milhões de euros.

O ataque à lista da Aliança Portugal, que reúne PSD e CDS-PP não se ficou por aqui. Pouco antes, João Ferreira citara Paulo Rangel para dizer que este anda “a apregoar que os fundos comunitários vão trazer para o país nos próximos anos milhões e milhões de euros. Ele até fala em 11 milhões de euros por dia a entrar no país.”

Porém, avisou o eurodeputado comunista, há o reverso da medalha: “Aquilo que não diz é que só neste ano de 2014 sairão 19 milhões por dia só em juros de uma dívida que não pára de crescer.” Daí a uma nova exigência de renegociação da dívida no seu montante, prazos e juros foi um pulinho. Proposta de renegociação da CDU e do PCP que, lembrou João Ferreira, PSD, CDS e PS rejeitaram por duas vezes, pondo a “dívida à frente do interesse dos portugueses”.

“Não tem credibilidade para propor qualquer mudança quem aponta como caminho para o país o de continuar a alimentar com recursos que saem dos nossos bolsos uma dívida que não pára de crescer”, criticou o candidato. A CDU não desiste e por isso João Ferreira anunciou que irá bater-se “por um programa de renegociação das dívidas públicas que envolva prazos, juros e montantes, nos países em que essas dívidas atingiram montantes insustentáveis”. A par disso, proporá programas de compensação aos países intervencionados pela troika que prevejam “a reparação de todos os prejuízos causados mas também a mobilização de recursos financeiros” para estratégias e programas de desenvolvimento económico.

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