Sonae reduz dívida em cerca de 600 milhões de euros

Dívida líquida caiu para 39% dos capitais próprios no ano passado.

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Ângelo Paupério, CEO da Sonaecom Paulo Ricca

A Sonae SGPS reduziu a dívida líquida em 597 milhões de euros, no ano passado, cerca de um terço face ao valor que tinha apurado no final de 2012.

Esta redução foi conseguida à custa da "desconsolidação da Optimus, mas também devido a uma geração de fluxo de caixa sustentável ao longo dos últimos 12 meses".

Na sessão de apresentação de contas, que decorre esta quarta-feira no Porto, Ângelo Paupério, administrador da Sonae, referiu que o grupo já acumula 17 trimestres consecutivos a reduzir dívida líquida.

O responsável acrescentou que este esforço de redução de dívida fez com que se invertesse a lógica da estrutura de capitais. Assim, no final de 2013, a dívida representava 39% dessa estrutura, enquanto os capitais próprios assumiam 61% do valor total. No final de 2012, a dívida líquida representava 52%.

Paulo Azevedo, presidente executivo da Sonae SGPS, fez questão de frisar, na apresentação das contas de 2013, que o grupo ajudou a concretizar a desalavancagem da banca nacional.

Sonae ainda não decidiu retirada da Sonaecom de bolsa
A grupo, por outro lado, ainda não decidiu se vai retirar a Sonaecom de bolsa, agora que o principal activo desta holding, a Optimus, foi fundido com a Zon.

O grupo da Maia controla, neste momento, cerca de 90% do capital da Sonaecom e admite que continua a comprar acções no mercado.

"Não foi tomada nenhuma decisão em relação à saída de bolsa" afirmou Ângelo Paupério, presidente da Sonaecom e administrador da Sonae SGPS.

O gestor lembrou que a Sonae quis proporcionar aos accionistas da Sonaecom a possibilidade de troca com títulos da Zon-Optimus, o que foi aceite por 5,14% dos accionistas. Os que não aceitaram as condições da operação mantêm a possibilidade de venda, dado que, garante o gestor, "é natural que o movimento de compra continue".

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