Troika volta a Atenas segunda-feira para tentar desbloquear nova tranche financeira

Primeiro-ministro grego acredita na possibilidade de acordo com os representantes dos credores internacionais.

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Ajuda financeira à Gécia dependente de acordo entre governo e troika. John Kolesidis/Reuters

Os representantes da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) deverão retomar na próxima segunda-feira as negociações com o governo grego, de forma a fechar a quarta avaliação e a desbloquear uma nova tranche da ajuda financeira.

A quarta avaliação ao segundo programa de resgate da Grécia está por concluir desde Setembro do ano passado, por dificuldades de entendimento entre os financiadores e  o governo helénico para a realização de um conjunto de reformas estruturais.

 

Para preparar o regresso da troika, realizou-se este sábado  uma reunião de trabalho entre o primeiro-ministro conservador Antonis Samaras e o socialista Evangelos Venizelos, vice-primeiro-ministro  do governo de coligação. O encontro contou ainda com a presença do ministro das Finanças, Yannis Stournaras.No final do encontro, o primeiro-ministro manifestou optimismo num acordo com os representantes da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, adiantando que “há consenso num conjunto de pontos essenciais para desbloquear a ajuda”.Na auditoria de Dezembro, a troika e o governo grego não chegaram a acordo num conjunto de matérias, designadamente sobre o défice de 2014. Também algumas reformas, como a alteração de regras de despedimento colectivo ou a reestruturação de serviços públicos, continuavam por fazer. A Grécia aguarda o pagamento de uma próxima parcela do empréstimo, no valor de 4900 milhões de euros, para cumprir obrigações financeiras.O regresso da troika a Atenas foi anunciado quinta-feira pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, durante uma audiência no Parlamento Europeu em Estrasburgo. "A troika está de volta a Atenas, o que é bom, houve progressos”, disse, salvaguardando, no entanto, que “não há garantias de um resultado positivo” e que “há muito trabalho para ser feito".
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