Comissão Europeia “chocada” com situação na Ucrânia

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, apelou às autoridades locais para impedirem a escalada de violência.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelou nesta quarta-feira às autoridades da Ucrânia para impedirem uma “escalada de violência” no país, que já provocou a morte a, pelo menos, dois manifestantes. E admitiu a aplicação de sanções no seio da UE caso o governo local não trave os conflitos.

“Estamos chocados ao ouvir as últimas notícias sobre a Ucrânia”, disse Durão Barroso, pouco antes de uma conferência de imprensa sobre as alterações climáticas e energia. O presidente da Comissão Europeia deu as condolências às famílias e lembrou que o ambiente na Ucrânia está a piorar há algum tempo. Barroso apelou, depois, à “responsabilidade das autoridades ucranianas” de “agirem e impedirem a escalada de violência”.

“Seguimos com grande preocupação as reduções à liberdade, nomeadamente, de expressão e da imprensa”, continuou, garantindo estar a “seguir de perto os desenvolvimentos”, avançando com “acções no seio da União Europeia”. Questionado pelos jornalistas, Durão Barroso esclarecer que a comissão está “pronta a pensar em sanções e consequências que terão de existir para as relações com a Ucrânia” caso haja “violação sistemática dos direitos humanos através de ataques às liberdades fundamentais”.

Dizendo que é prematuro especificar que tipo de consequências estão em causa, Durão Barroso diz que a Europa está a “enviar mensagens muito claras que encorajam as autoridades da Ucrância a não seguir o rumo actual”, e voltar ao “rumo da reforma democrática e do pluralismo”.

A Reuters avançou que uma das vítimas mortais foi atingida pela polícia na Praça da Independência, palco dos protestos. Outra terá morrido junto ao estádio do Dínamo de Kiev. A agência diz ainda que uma pessoa ficou gravemente ferida, depois de ter caído de uma árvore.

Terça-feira entrou em vigor a nova lei que limita os protestos, proibindo a montagem de tendas, palcos ou amplificadores sonoros na via pública. As manifestações começaram no final de Novembro quando o Governo ucraniano anunciou que não iria assinar um acordo comercial com a União Europeia.

O PÚBLICO viajou a convite da Comissão Europeia

Sugerir correcção
Comentar