Mota-Engil consegue primeiro contrato de mineração no Zimbabwe

O grupo de engenharia reforçou a sua presença em mais um mercado africano, com um contrato de 191 milhões de euros, e garantiu dois projectos de 263 milhões em Moçambique e Angola.

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A Mota-Engil conseguiu o seu primeiro contrato de mineração no Zimbabwe para realizar trabalhos de perfuração, detonação, carga e transporte de minério na mina de carvão da empresa Hwange Colliery.

Além do reforço da actividade no Zimbabwe, onde tinha, até à data, apenas uma actividade de prospecção, o grupo português de engenharia, construção e mineração anunciou nesta terça-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a adjudicação de vários contratos em África, na América Latina e Europa.

O grupo garantiu contratos de 188 milhões de euros em Moçambique e de 75 milhões de euros em Angola. Na América Latina, a carteira de encomendas passou a incluir projectos de 118 milhões de euros no Peru, 37 milhões de euros no México, 41 milhões de euros no Brasil e 47 milhões de euros na Colômbia. Na Europa, a Mota-Engil assegurou um contrato de 80 milhões de euros.

A expansão da actividade em África e América Latina é “o resultado de uma estratégia implementada em devido tempo”, para a qual a empresa se dotou “dos recursos e das competências necessárias”, frisou, numa nota enviada às redacções, o presidente executivo do grupo, Gonçalo Moura Martins.

Os contratos recentemente assinados traduzem “o reconhecimento crescente que tem sido efectuado por clientes de dimensão multinacional na capacidade técnica e de execução do Grupo Mota-Engil nestes mercados”, acrescentou o gestor. São projectos que permitem à empresa “crescer de acordo com os objectivos estratégicos projectados", sublinhou ainda.

A Mota-Engil aprovou recentemente a distribuição aos seus accionistas de 20% de acções da Mota-Engil África (através de um dividendo condicional), que será cotada numa bolsa europeia.

A Mota-Engil controlará mais de dois terços do capital desta empresa que reúne os interesses do grupo nos mercados africanos e será cotada em Londres, Lisboa ou Amesterdão ainda no primeiro trimestre deste ano.

Mais de 80% das encomendas e dos resultados do grupo provêm de mercados externos. África, onde as receitas dispararam 83% em dois anos, já representa quase metade do volume de negócios.

Segundo afirmou recentemente o líder da Mota-Engil, António Mota, a dispersão em bolsa do capital da Mota-Engil África "é um passo fundamental para visualizar o valor da empresa".

 
 
 

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