BE: demissão de Gaspar é "pesadíssima derrota"

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João Semedo diz que "o Governo está mais fraco Foto: Enric Vives-Rubio

O BE defendeu nesta segunda-feira que a demissão de Vítor Gaspar do cargo de ministro das Finanças é "uma pesadíssima derrota" e marca "o final" do Governo e que a escolha de Maria Luís Albuquerque traduz um "enorme esgotamento político".

Numa declaração aos jornalistas no Parlamento, o coordenador do BE João Semedo associou a demissão de Gaspar "à luta e à greve dos professores" e à greve geral da semana passada.

"Esta luta continuará, enquanto persistir a política de austeridade e enquanto houver Governo de Pedro Passos Coelho", assegurou o líder bloquista.

O líder do BE considerou que a carta de Gaspar é "de um derrotado e de um homem que deixou de acreditar na política que defendeu tão convictamente e tão empenhadamente nos últimos dois anos".

"Para o BE, a demissão de Vítor Gaspar de ministro das Finanças, o mais forte ministro deste Governo, é uma pesadíssima derrota da política do Governo de Pedro Passos Coelho e da sua política de austeridade, de recessão e de desemprego", acentuou.

João Semedo referiu que a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças indicia que "Pedro Passos Coelho se prepara para a continuação da política de austeridade, desemprego e recessão", mas também "um enorme esgotamento político do Governo".

Neste contexto, o coordenador da comissão política do BE afirmou que a até agora secretária de Estado do Tesouro não tem condições para assumir a nova função.

"Maria Luís Albuquerque é hoje a primeira ministra das Finanças que antes mesmo de o ser já tinha feito o suficiente para ser demitida. Eu quero recordar as palavras de Vítor Gaspar, que diz que é preciso credibilidade e confiança. Credibilidade e confiança, vejam bem de quem Pedro Passos Coelho se foi lembrar", ironizou o bloquista.

Para João Semedo, esta remodelação mostra que "o Governo está mais fraco, está mais perto do fim".
"O dia em que [o Governo] começou os seus briefings, o primeiro dia dos seus briefings, ficará para sempre como o primeiro dia do seu final, o Governo está morto, falta apenas marcar a data do funeral", declarou.
 
 
 

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