PCP diz que 17,7% de desemprego é “prova do afundamento do país”

Foto
Desemprego já está nos de 17,7% Joana Freitas

O PCP considerou hoje como "a prova do afundamento do país" os novos dados sobre o desemprego, que apontam para uma taxa de 17,7% no primeiro trimestre, apelando aos portugueses para derrotarem o Governo de maioria PSD/CDS-PP.

"Esta é a prova do afundamento do nosso país e a imposição que se coloca a todos os portugueses de lutarem para derrotar este Governo", afirmou o deputado do PCP Jorge Machado, em declarações aos jornalistas no Parlamento, numa reacção aos dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo divulgou o INE, a taxa de desemprego subiu em Portugal para os 17,7% no primeiro trimestre, face aos 16,9% observados no trimestre anterior, com o número de desempregados em Portugal a ultrapassar os 950 mil.

Sublinhando que o número de desempregados será "seguramente mais de um milhão e meio" caso se juntem também os inactivos, Jorge Machado notou que o Governo "conseguiu só num ano destruir cerca de 133 mil postos de trabalho".

"Estes dados do desemprego são historicamente os mais elevados de sempre desde que há registo do ponto de vista estatístico e comprovam que o caminho de sucesso que o Governo anuncia afinal é um falhanço completo e total do ponto de vista económico e social", insistiu.

O deputado do PCP deixou ainda críticas ao Presidente da República, acusando Cavaco Silva de se ter demitido das suas funções de cumprir e fazer cumprir a Constituição.

Por isso, acrescentou, terá de ser "o povo na rua" a "derrotar este Governo o quanto antes".

De acordo com o INE, a taxa de desemprego aumentou em termos trimestrais 0,8 pontos percentuais e 2,8 pontos percentuais face ao período homólogo.

Entre Janeiro e Março, o INE contabilizou 952,2 mil desempregados, o que representa um acréscimo trimestral de 3,1% (mais 29 mil pessoas) e homólogo de 16,2% (mais 132,9 mil pessoas).

Os números observados no final do primeiro trimestre atingem níveis absolutamente históricos, num contexto de subidas da taxa de desemprego em Portugal desde o segundo trimestre de 2008, altura em que se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados.

Sugerir correcção
Comentar