Primeiro-ministro grego em visita de negócios à China na próxima semana

Antonis Samaras vai reunir-se com o primeiro-ministro chinês e promover plano de privatizações junto de empresários chineses. Quatro dias de visita diplomática e empresarial.

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Antonis Samaras deverá visitar a cidade industrial de Hangzhou ANGELOS TZORTZINIS/AFP

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, inicia a 15 de Maio uma visita de quatro dias à China, acompanhado por um grupo de 50 empresários e representantes da agência nacional para as privatizações. A viagem, a convite do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, foi confirmada nesta segunda-feira pelo gabinete de Samaras.

Na mira do Governo helénico está o reforço da cooperação bilateral com a segunda maior economia mundial, em concreto pela atracção de investimento estrangeiro, numa altura em que o Executivo quer promover fora de portas o plano de privatizações negociado com a troika de credores.

A China tem mostrado interesse em vários sectores de actividade na Grécia e é nesse contexto que o primeiro-ministro conservador parte para o terreno para reforçar laços diplomáticos e empresariais em Pequim – chamando a atenção para potenciais investimentos na Grécia, que está pelo sexto ano consecutivo em recessão, e para promover as exportações gregas.

A Grécia é considerada um importante ponto de passagem onde a China pode fazer escoar para a Europa as suas exportações, refere a agência AFP. Desde que, em 2008, o gigante chinês dos transportes Cosco entrou no principal porto grego, o Pireus, em Atenas, a cooperação entre os dois países nos sectores do turismo e do comércio tem aumentado.

Segundo o jornal grego Kathimerini, durante a viagem à China, Antonis Samaras deverá fazer contactos com empresários na cidade industrial de Hangzhou, na província de Zhejiang (costa sudeste).

Um dos interesses chineses na Grécia, refere a imprensa helénica, pode ser a compra da posição accionista (55%) que o Estado grego poderá alienar no capital do aeroporto internacional de Atenas, uma das empresas que está na lista de privatizações avaliadas entre o executivo e a missão internacional da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu.

 

Para o FMI, o país já “percorreu um longo caminho” e continua a fazer “progressos” para equilibrar as finanças públicas. O grande desafio que a Grécia tem pela frente, acentuou a instituição liderada por Christine Lagarde nesta segunda-feira, é o crescimento económico, reestabelecendo a confiança no país.
 

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