PSD e CDS mantêm esperança de atingir défice de 5% do PIB em 2012

Miguel Frasquilho, do PSD, e João Almeida, do CDS, alegam que a privatização da ANA será importante para atingir a meta do défice.

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“É preciso alguma paciência", diz o deputado Miguel Frasquilho Pedro Cunha/Arquivo

O deputado do PSD Miguel Frasquilho considerou nesta sexta-feira que os dados avançados pelo INE sobre as contas nacionais permitem “acalentar a esperança” de que o Governo possa atingir o objectivo do défice de 5% em 2012.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Miguel Frasquilho sublinhou que desde o início do ano a evolução do défice apresenta uma “trajectória descendente” que “deixa em aberto a possibilidade de o objectivo do défice de 5% para o conjunto do ano poder vir a ser atingido”.

Miguel Frasquilho sublinhou que, “no primeiro trimestre, o défice era de 7,8%” e que, “no acumulado até ao segundo trimestre, era de 6,8% e agora, no acumulado até ao terceiro trimestre, era de 5,6%”.

Os dados divulgados hoje pelo INE revelam que o défice orçamental nos primeiros três trimestres do ano atingiu os 5,6% do produto interno bruto (PIB), de quase sete mil milhões de euros, valores em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas.

O deputado social-democrata defendeu que “é preciso alguma paciência”, mas sublinhou que “a verdade é que, em 2012, o défice das contas públicas tem vindo a ser reduzido”.

“Sabemos também que a concessão da ANA será importante para atingir o défice de  5%. Mas estes dados não inviabilizam que essa meta possa ser alcançada”, disse.

“As dificuldades são muitas, os riscos imensos e as incertezas são enormes mas a verdade é que o esforço que o Governo em conjunto com a população portuguesa, todos os agentes do país, têm estado a fazer permite-nos acalentar a esperança que o valor do défice para 2012 possa ser alcançado”, disse.

Também o porta-voz do CDS-PP, João Almeida, assinalou hoje nos dados do INE a "evolução favorável" da execução orçamental e considerou que a meta do défice de 5% pode ser atingida, contando com a privatização da ANA.

"O CDS considera, dos números conhecidos relativos ao terceiro trimestre, há uma evolução favorável em relação à execução do primeiro e do segundo trimestre", afirmou à Lusa João Almeida. O porta-voz democrata cristão e vice-presidente da bancada parlamentar sublinhou que "esse valor corrige inclusivamente previsões mais negativas que apontavam para valores superiores a 6% no final do terceiro trimestre".

"Nesse sentido, com estes números é possível considerar que a meta do ano pode ser atingida, naturalmente, com a receita extraordinária que já está assumida relativamente à ANA", afirmou.


 
 
 
 

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