Socialistas Europeus querem desculpas por “erros” no impacto da austeridade

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Foto: François Lenoir/Reuters

O líder dos Socialistas Europeus no Parlamento Europeu (PE), Hannes Swoboda, exigiu esta terça-feira um pedido de desculpas de Durão Barroso e Angela Merkel pela correcção aos cálculos do impacto negativo da austeridade na economia.

A exigência surge depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) admitir que o efeito recessivo das medidas de contenção orçamental é superior ao inicialmente previsto nos modelos utilizados pelo fundo e por outras instituições.

Para Hannes Swoboda, foi uma irresponsabilidade as instituições europeias basearem “a sua assessoria política em modelos económicos que têm provado ser altamente questionáveis”.

Na actualização das suas Perspectivas Económicas Mundiais, o FMI reconhece que foi subestimado o impacto e o efeito negativo do ajustamento orçamental no crescimento e no emprego, gerando desse modo uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) e um desemprego acima das previsões da entidade.

Para os Socialistas Europeus, os “erros” da política recessiva têm gerado “enorme sofrimento” nos cidadãos, especialmente aqueles dos países, como Portugal, onde a troika tem aplicado um programa de resgate financeiro.

Nesse sentido, o grupo pede à Comissão Europeia, na face do seu presidente, Durão Barroso, e à chanceler alemã, Angela Merkel, um pedido de desculpas pelas políticas que têm vindo a ser aplicadas na Europa, em concreto na zona euro.

O FMI mostra-se também mais pessimista quanto à evolução da economia global este ano e no próximo, e considera que o agravamento da crise no euro é um risco “alarmante”.

A economia global deverá crescer 3,6% no próximo ano, enquanto a economia da zona euro deverá progredir apenas 0,2% em 2013.

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